7 de junho de 2013

EDITORIAL: O culpado e a vítima.


07/06/2013.

Por Rogério Lima e Alex de Oliveira, Texto e Voz, respectivamente.


O Apóstolo Paulo escrevendo carta aos filipenses considerou o seguinte:

E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus. Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. (Filipenses 4).

                    
Quem é o culpado pelo caos instaurado na cidade até aqui preterida por Seabra e outras localidades de menor estatura populacional? De quem é a culpa pela perda da concessionária, do complexo fabril, da universidade federal da chapada. E de quem é a culpa pelas suas avaliações errôneas e que o leva a incursionar por uma função, mas, no primeiro obstáculo lamenta ou diz-se lamentar? Quem é o culpado pelas suas derrotas e traição de si mesmo? Quem é o responsável pelo seu sucesso e vitórias? De quem é a culpa por deixar estes alcances dos objetivos empalidecerem e escaparem de suas próprias mãos?

Deixemos que você, cidadão chapadeiro de Itaberaba, responda a tais indagações.

Vejamos as demais considerações relacionadas ao mesmo tema: 

Já falamos dezenas de vezes acerca dos culpados e das vítimas, no que tange ao cumprimento irrestrito das missões dos detentores de cargo eletivos. Há que se ponderar, no entanto, que não há nesta discussão, assim como neste esbravejar, isenção de culpa da pessoa do inocente. Pois nem mesmo as vítimas, se revestem de inocência. Há quem fale que a imprensa e muitos vitimados de tudo culpam os vereadores. Da mesma forma em que há os que entendem que o Chefe do Executivo e seu secretariado não sejam, igualmente, culpados por todas as sortes de mazelas existentes nesta comunidade de Itaberaba. Assim, consideramos que se os legisladores fiscais e o executivo como um todo não são culpados por tudo, arriscamos em declarar que são por quase todas as agruras impostas às pessoas. Noutras palavras, suas responsabilidades, solidariamente, ultrapassam os noventa por cem. Um fere e o outro deixa ferir, mortalmente, a dignidade do cidadão e das pessoas de maneira em geral.

Quem escolhe o político, deve incutir na mente que quem outorga e concede poderes aos políticos é o eleitor. Ocorre que, é só o vaidoso eleger-se para que calce o salto alto e jogue no lixo as sandálias da humildade. Posicionam-se como se fosse patrão do povo e não o inverso. Evidentemente que em toda relação de empregado e empregador deve haver o respeito e a lhaneza. Numa palavra mais acessível, deve haver educação das partes. Portanto, inadmissível que o político escolhido para liderar haja com animosidade e repulsa ao povo. O mesmo povo em que estes esperam contar logo mais e sempre, caso desejem permanecer na vida partidária eleitoral.

E cá para nós, entre Prefeito e Vereador, este é mais culpado do que o primeiro sim. Ou seja, o vereador é mais responsável pelos atos do executivo do que este próprio, dado a frouxidão no fiscalizar, assim como a prática de acordos de conveniência, que até criança sabe existir. Não é atoa que se reúnem tanto às portas fechadas. Apesar de nem sempre o fechar das portas subentender práticas malévolas e desprovidas de primazia coletiva. Traduzindo, “farinha muita, minha quase totalidade primeiro.” Integralidade que nem se reveste somente em desvios de finalidade e de recurso público, mas, que visa interesse eleitoral de perpetuar-se no poder. 

Algumas deficiências básicas injustificáveis. Eis:

Não consertam em tempo hábil a sinaleira, não disponibilizam atendimento qualificado e estrutural na saúde, negligenciam a providência de remédios, tranquilizam-se diante da incompetência para resolver o gravíssimo problema com a insegurança pública e pouca se interessa por uma educação de qualidade. Da mesma maneira, em que não privilegia o emprego e a renda do trabalhador. Olvidam quanto a criação do primeiro emprego e pouco interesse tem na manutenção de empresas no município, nunca flexibilizando ou incentivando sua permanência.

Seria uma falha imperdoável desta opinião se não verificasse quanto a atuação nula da assistência social em face aos subjugados das ruas. Já falamos isto neste espaço por mais de dúzia de vezes. Jovens em atuação recorrentes nas portas dos supermercados da cidade. Não vimos falar num único centro de recuperação de drogados existente no município. Enquanto isto se gasta 240 mil reais com salgadinhos e Buffet de festas sabe lá para quem... O cidadão nunca viu, efetivamente, a câmara de vereadores convocar e nem a secretária de AÇÃO SOCIAL agendar comparecimento no parlamento a fim de que preste contas de sua atuação. Ao menos que se preste, rigorosamente, contas do que realizam, já que tanto se relativizou o nepotismo, disto não se falando mais, de modo que nem mesmo a Câmara possui isenção total para tratar deste assunto tão familiar para alguns edis que não apenas admitem, mas praticam o nepotismo de cruzamento. Ou nem de cruzamento, mas, apenas lá... De forma que se esquecem do princípio constitucional do juiz natural. Ou seja, nunca terá isenção de julgamento, o julgador que admite recebimento de favores trocados. Reflitam nisto. A questão não é a punição apenas de quem quer que seja, mas, que desistam das práticas que em nada homenageia a supremacia do interesse público assim como de sua indisponibilidade.

Paremos aqui. A coletividade URGE por mudança das atitudes. Ainda! Confiantemente. E que a desonra e a desonestidade nunca prosperem e logo conceda lugar a probidade. Afinal, somente, assim poderemos assimilar e depois digerir acerca dos culpados e dos vitimados.





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