16 de setembro de 2013

Continua a rejeição a cidades sem médicos


Entre as 272 cidades do País que não têm nenhum médico nas equipes do Programa Saúde da Família (PSF), somente 12% receberam profissionais vinculados ao Mais Médicos. Os números demonstram que a rejeição a esses municípios persiste: quase metade dos 33 beneficiados, terá apenas médicos cubanos, designados pelo governo federal. Segundo cruzamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo, 189 das cidades (69%) com esta carência de profissionais pediram médicos para o programa nas duas etapas de seleção. Entre elas, somente 48 (25%) foram consideradas prioritárias pelo governo, apesar de não terem nenhum médico no PSF – a saúde da família é um dos focos do programa. Criado em 1994, o PSF se tornou essencial em comunidades em situação de extrema pobreza e regiões mais distantes. O sistema, que inclui visitas domiciliares dos profissionais às famílias, permite que haja um monitoramento mais próximo. Segundo especialistas da área da saúde, um atendimento correto é capaz de suprir 80% das demandas básicas de saúde, como atendimentos corriqueiros e acompanhamento de doenças crônicas, como hipertensão e diabete. Não à toa, a prioridade do Mais Médicos é compor equipes de atenção básica nos municípios. O problema é que, mesmo estando entre as cidades prioritárias, a maioria continua sem médico porque não foi atendida pelo programa. É o caso de Jandira, com 110.842 habitantes, na Região Metropolitana de São Paulo. A cidade não tem equipe de saúde da família e requisitou 28 médicos ao governo federal.


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