O candidato Nelson Pelegrino (PT) fez um discurso enérgico na noite desta sexta-feira (14) durante o comício realizado na Praça Castro Alves. Logo de início, o petista tratou de criticar o adversário direto na disputa pelo comando do Palácio Thomé de Souza, ACM Neto (DEM). Fez isto logo depois de prestar as devidas reverencias ao ex-presidente e líder maior do partido, Luiz Inácio Lula da Silva.
Pelegrino rebaixou o evento realizado nesta tarde pelo representante do Democratas. “O candidato fez um evento para anunciar a meia dúzia de pessoas que formam o time dele, enquanto nós estamos aqui com Wagner, Otto Alencar, Negromonte, Lídice, Pinheiro, ministros e estes companheiros todos. O evento dele (ACM Neto) foi para apresentar Imbassahy (deputado federal e ex-prefeito). Eu conheço Imbassahy, os ambulantes conhecem Imbassahy, os funcionários da prefeitura demitidos o conhecem”, disparou.
Vale ressaltar que no segundo turno da eleição de 2008, o então Walter Pinheiro que acabou derrotado por João Henrique foi apoiado por Imabassahy.
Em ato contínuo, o petista comemorou o resultado da última pesquisa Ibope/TvBahia divulgada na quinta-feira (13). “O Ibope, que é o instituto deles, demonstrou que já estamos com 27%, isto é porque já passamos 30%”, ironizou.
Outro ponto abordado por Pelegrino foi uma possível reação hostil da população de uma localidade do Subúrbio Ferroviário, conhecida como “Cidade do Plástico”, à caminhada de Neto realizada nesta sexta. “Hoje o povo (da Cidade do Plástico) botou ele (ACM Neto) para fora. Sabe por quê? Porque ele nunca esteve lá”.
O petista não citou o prefeito João Henrique (PP) diretamente, mas o presidente estadual do partido do gestor, deputado federal Mário Negromonte, teve que ouvir do palanque as indiretas do petista. “Salvador precisa de um prefeito que ande pelas ruas. Nossa cidade está abandonada. Ela (Salvador) precisa de alguém que zele por ela. Nosso ciclo administrativo termina com a sensação de que não tem governo”.
Após anunciar projetos, o petista voltou a “bater” em Neto. “Eu fui secretário, líder do governo na Câmara, deputado estadual e federal. Ele só conhece aquilo. Só administrou os bens da família, fruto da herança do avô. Nós vamos governar para quem mais precisa”.