26 de agosto de 2013

Mais médicos num País da oportunidade para os filhos dos outros


Por Rogério Lima de Oliveira.
Em 24/08/2013.

“Eu agradeço a Deus por tudo que consegui conquistar, à imprensa deste País, à minha Família, ao povo brasileiro, ao meu técnico Ari Vidal, mas, sobretudo, eu agradeço aos meus adversários que me fizeram uma vida difícil. “ Oscar Schmidt, comemorando grande vitória e encerramento de carreira no Basquetebol.


Para início de conversa, impende sublinhar que este escrito não pretende colocar-se contra os profissionais da medicina advindos de Cuba em busca do complemento de formação no Brasil. Ou ainda, não se coloca contrário contra quem, mesmo integralmente, formados busque uma renda que certamente sua nação de origem nãos os proporcionou. 

Com efeito, numa perspectiva ou noutra, a ação executivo-presidencial supre uma necessidade dos profissionais de origem e não, prioritariamente, equaciona e resolve o problema da saúde na UTI, aqui na terra Brasilis. De modo que, pretere ou relega a plano derradeiro, a situação caótica em que os governos de ontem e de hoje nada, concretamente, efetuaram. De maneira que se modificasse ou detivesse a carruagem de passageiros que galopa a trote rápido rumo para o buraco cavado por administradores inveterados da mesma forma em que continuaram a cavar os recentes que se debate patinando sem muita coisa avançar.

Mas, porque não avança? Não seria esta modalidade de importação de médicos em formação e em começo de carreira um avanço, já que o pior seria a população morrer sem qualquer movimento socorrista por parte da União e dos Estados Federados?

Sabe-se que a diferença do remédio para o veneno é a dosagem. Sem tencionar de modo algum desqualificar nossos irmãos importados, estes ou outros profissionais da vida de qualquer canto do planeta que atuarem sem supervisão de médico experiente. A falta de supervisão pode levar muitos pacientes para a morte. Entretanto, o cerne da questão ainda não reside neste fato. Mas, na dificuldade em que o Brasil continua tendo em formar profissionais da medicina. É cada vez mais seletiva a qualidade de estudantes aptos a lograr êxito nos vestibulares de medicina. São cada vez mais dispendiosas e inacessíveis as escolas de medicina da iniciativa privada. Um pobre ou um cidadão de salário módico, não consegue custear o curso. Piora muito se o ingresso se pretender à universidade pública.

Dai inevitável indagar acerca do que os administradores públicos têm feito para que num futuro mais visível e próximo, tal situação possa reverter-se. Estão os governantes cuidando atenciosamente da educação de base, do emprego de base, da qualidade de vida de base, do direito à educação de base? Acrescenta-se, de base sólida? 

Os parlamentos brasileiros, a partir das câmaras de vereadores e do congresso nacional, discutem mais as roubalheiras geral e de que modo sairão todos, positivamente, nas mídias, do que nos focos essenciais. Legisladores/fiscais e executivos preocupam-se, demasiadamente, com os opositores e com adversários do que em atuar produtiva e retamente. Isto não é singularidade do outro, o é também de quem não esteja oportunamente, exercente de mandato ou na situação. Age igual tão logo vire opositor. Assim caminha nossa política. Necessitamos transformar os que se opõem como estimuladores de nossas ações. É vingança sofisticada calar o outro com trabalho acertado e que beneficie verdadeiramente a coletividade. Contra fatos não deve suscitar contra-argumentos.

Quando não conseguimos realizar o dever de casa, no sentido de oportunizar êxito aos nossos, escancaramos as portas de nossos lares, neste caso a porta do Brasil, para que este seja o País da oportunidade dos filhos das nações dos outros. Evidentemente, que isto não é de todo ruim. Nós também, buscamos oportunidade fora de nossa casa. Ocorre, que as condições que se impõe são inteiramente dispares. Nós buscamos a especialização por excelência. Quereríamos que médicos estivessem povoando nossos aeroportos em busca aqui da melhor qualificação profissional e não para tapar o buraco da incompetência gerencial do agente político eletivo. Vai que o Brasil faça escola em importar profissionais. Daqui a pouco importaremos engenheiros e olhe que já estamos sob a iminência. Da mesma maneira em que convoquemos profissionais de inúmeras outras áreas. Imaginem se importássemos militares. Que vergonha não seria para nós. Ocorre que do jeito que anda a falta de segurança e de valorização destes combatentes, ao menos expert no assunto de segurança já se importam. Este é o começo. O começo do fim.

Vivemos sob uma liderança que busca paliativo e resolução imediatista, sem que cuidemos do melhor tratamento e estruturação de nossas academias e investimento científico. Caminho inconteste para uma solução duradoura e definitiva. 

Do modo em que a coisa anda e do descontrole das rédeas de nossa cavalaria (povo respeitosamente), poderemos padecer da síndrome da falta de competência técnica. Que interesse terão nossos jovens estudantes, se suas vagas estão ameaçadas pelos profissionais externos, para não dizer forasteiros. Mas, oportunidades, antes de tudo, mitigada e diminuída pela pusilanimidade nas ações administrativo-governamental dos agentes ocupados em questões estranhas aos interesses filiais. O que os filhos da pátria necessitam, é de chances de brilhar desde o alicerce até a cumeeira. Num acompanhamento contínuo em que galgarem degrau a degraus. 

Pensemos nisto. Ajamos no protesto, mas, antes disto no apontamento de caminhos.


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