8 de maio de 2013

DE OLHO NO LEGISLATIVO: 15 homens e a carência de entusiasmo



Por Rogério Lima.

Antes, porém, de adentrar-se aos fatos abramos aspas para as palavras de Luiz Marins, que estimula-nos assim:
O entusiasmo acontece internamente. Por isso, para vencer no mundo competitivo, é preciso acreditar na nossa capacidade de fazer as coisas acontecerem. E isso passa muito pelo poder do entusiasmo e a força da paixão, ou seja, aquela vontade de acertar, o cuidado para não errar. Não podemos acordar de manhã e perder a paixão de ir para o trabalho, para o parlamento, para a empresa. Não podemos perder o prazer de servir o cliente, o paciente, a sociedade, o cidadão. Essa paixão tem muito a ver com amor, e amor é ato de vontade, não de sentimento. Amor é querer fazer. Conseguimos entusiasmo à medida que nos ligamos fortemente a Deus. Entusiasmar-se é ter DEUS dentro de nós. Fecha-se aspas.


Há um provérbio chinês que diz que Sem o fogo do entusiasmo não há o calor da vitória. É possível sentir, nitidamente, a apatia nas ações pusilânimes e fracas dos senhores vereadores de Itaberaba. Não é a primeira vez que o Pode Legislativo não diligencia para que aconteça no tempo devido e avençado discussões da mais alta relevância. Foi assim na discussão sobre a reabertura do Hospital Regional, da mesma maneira sobre a vinda da hemodiálise para a capital da chapada. Da mesma maneira ocorreu na noite de segunda feira (06/05/2013) sobre a Violência e a Segurança Pública. Temas que não podem esperar e não admite equívocos primários e repetitivos de quem não leva estes assuntos com a seriedade em que a situação exige. Deixa-los para depois, é agravar a condição em que assiste e vive a sociedade. Postergá-los para amanhã é ato insano, senão de extrema irresponsabilidade. 

Amanhã pode não mais se haver a liberdade de alguns. Ao amanhecer possa ser que não haja mais sobreviventes para ao menos esboçar pedido de socorro. A comunidade grita. O clamor é público, é familiar, é doméstico. Dispensemos as estatísticas de que isto ocorre em todo mundo, em todo o Brasil e em toda Bahia. Porque que aqui não pode ser diferente? Evidentemente que pode sim. 

Isto não é uma crítica destrutiva acerca da apatia e da falta de entusiasmo dos senhores edis. Não é apontamento apenas contra representantes que mais se motivam com as contas do chefe, com a defesa exagerada de suas ações ou das faltas destas. Necessitamos de projetos. Mas, carecemos, sobretudo, de projetos que saia do papel, da tribuna da câmara e aconteça efetiva e concretamente nas vidas das pessoas. 

A saúde vai mal sim, a falta de emprego e renda majorada pela seca da mesma forma. Não lhes adiantam promover defesas frágeis e que não se sustentam perante a realidade nua e crua, vistas e contestadas pelas reportagens policiais e hospitalares do dia a dia. Não adianta apresentar discursos fabricados e eloquentes. Bem articulado e bonito. Fale feio e torto, mas, promova um fim de conserto e de paz. 

Entretanto, reafirmamos, a nossa esperança nos componentes da casa legislativa. Alegramo-nos com alguns entusiastas ainda que em minoria. Vão-se construindo uma trilha nova de retidão e de equidade os três ditos oposicionistas na casa. Nem tudo está perdido. Em resposta aos utilizadores dos dois pesos e duas medidas o vereador Roberto Almeida disse que não agirá de modo igual aos que negam aprovação dos requerimentos que investiguem ou que objetive publicidade e clareza dos atos do Prefeito. Convocou aos colegas que fujam do mundo da retórica e da ficção. Que o povo necessita de representação genuína asseverou fortemente Roberto Almeida. Tem tido Almeida moral para assim o proceder. O vereador Gerson Almeida ao em invés de requerer do executivo que não cobrou sequer pela via de mera carta ou requerimento de cobrança os recebíveis que o vereador Gerson entende que a Embasa deve ao município. O vereador cobrador preferiu representar, inversamente, suprindo a omissão municipal quando sequer sinalizou nesta direção. Ou seja, a gestão municipal não tem habilidade técnica gerencial e sustenta-se no que cria Gerson Almeida. Ocorre que este mencionou um valor com exatidão. 5 milhões ecoou no parlamento reproduzido pelas ondas sonoras da rosário e da Baiana de rádio. Requereu balancetes agora o que antes chutou para verificar se a conta bate. Somente o professor Vavá mente brilhante para explicar tal equação. 

Mais incoerências perpetradas pela maioria da bancada do Prefeito. Maioria que atende sempre aos chamados do Líder do Executivo (o prefeito) para que se reúnam em seu ambiente, momentos antes de iniciar as sessões de câmara. Nada paritário. Nada igualitário. Nada isonômico. Nada democrático. Vereadores da base concordam em instituir o ISS até agora isento por força de contrato inspirado, mas, exige que se retire o ICMS cobrado pelo estado da Bahia. Não esquecendo os senhores que tanto um como o outro quem pagará a fatura é o consumidor. O povo escorchado pelos impostos em cascata. 

Vai entender isto! Vereador sabe que a medida vai doer no seu bolso do usuário de águas! A EMBASA é de fato uma empresa que falha terrivelmente contra o consumidor pequeno, quando não pondera nos cortes e suspensão de fornecimento, da mesma forma em que possui taxa de religação excessiva e onerosa e não promove qualquer evento social em benefício de pessoas. Disto não resta dúvida. Esta opinião se posiciona contrário a empresa de água neste particular. Tem-se que exigir cláusula penal condicionante que leve a EMBASA a cumprir com uma prestação de serviços eficientes. No momento, porém, se ruim com ela, pior sem a mesma. Agora fazer barulho, olvidando e desconhecendo que o município não possua a menor capacidade técnico-administrativa para gerir o fornecimento de água potável, ah isto é pilhéria de alguns. Uma piada de péssimo sabor. 

Devem os homens representantes do povo, preocupar-se e entusiasmar-se mais com as políticas públicas em prol da população e não contra esta. O povo é quem deve ser o foco. A defesa tem que ser direta, precisa, focada. A defesa não deve ser direcionada ao poder executivo e somente de tabela alcançar os anseios da população. Pode ser que seja a via mais correta exigir uma prestação por excelência da própria Embasa e fazendo com que esta cumpra, fielmente, o quanto se avençará ou contratará. Não nos esqueçamos de que nesta discussão o povo consumidor deve ser o alfa e ômega. Pois é quem sempre paga a conta de tudo. Inclusive a conta dos debatedores, de vereador, de empresa e do executivo. 

Comentaremos em separado noutra oportunidade exclusivamente sobre a reformulação do regimento interno do parlamento e a lei orgânica do município provocado pelo preparado vereador Ricardo Pimentel. Como bem sublinhou o especialista em direito público, o advogado, vereador e Presidente da Comissão de Justiça e redação da Câmara José Antônio Sampaio, trata-se de algo de importância excepcionalíssima. Comungamos com ele neste sentir e participaremos ativamente da reformulação destes dois documentos importantíssimos. 

Até os próximos comentários deste, DE OLHO NO LEGISLATIVO. Ita, 08/05/2013.




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