18 de março de 2013

Possíveis rivais da presidente Dilma buscam apoio no meio empresarial


Possíveis rivais da presidente Dilma buscam apoio no meio empresarial
Os adversários da presidente Dilma Rousseff (PT) mais prováveis em 2014 intensificaram o flerte com aqueles que, além do eleitor, são fundamentais para embalar suas pretensões: os donos do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), não tem passado uma semana sem falar com um grande executivo. Não nega pedidos de audiências em cima da hora e propagandeia seu estado como laboratório de atração de negócios. O assédio a ele se avolumou após as eleições municipais, quando o bom desempenho do PSB o credenciou a encarnar uma "terceira via" em 2014 – contra os tucanos e os seus hoje aliados do PT. Já o senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG) tem se concentrado em buscar unidade interna de seu partido. Mas, para não ficar atrás na corrida pelo PIB, usa o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) como avalista junto ao setor produtivo, bancário e da construção civil. O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) atua da mesma forma. Dono da caneta presidencial, o PT tende a ficar com a maior fatia dos futuros financiamentos, apesar das queixas contra o que chamam de intervencionismo na economia. Atentos a essas queixas, Aécio e Campos se esforçam em ouvir, e replicar, a lógica dos interlocutores. Naturalmente, ninguém revela seus contatos para não os expor a retaliações. Entretanto, a reportagem apurou as recentes conexões de ambos. Campos teve uma conversa com a cúpula do banco Santander, e mantém contato regular com Jorge Gerdau, que preside a Câmara de Gestão da Presidência, e Sérgio Andrade, da Andrade Gutierrez. Na quinta passada (14), o empresário Flávio Rocha, dono da rede de lojas Riachuelo, ofereceu-lhe um jantar em São Paulo para apresentá-lo aos líderes varejistas. É na capital paulista que o "socialista" mais tem desembarcado para reuniões dessa natureza. Aécio, que governou Minas Gerais por dois mandatos, tem boa relação com Gerdau, Andrade e Luiz Nascimento, da Camargo Corrêa, e é próximo de Robson Andrade, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Via caciques tucanos, tem pontes com Roberto Setubal, do Itaú, e com a cúpula do Bradesco. Setubal foi um dos banqueiros que procuraram Campos após as eleições de 2012. A exemplo de Gerdau e outros, Marcelo Odebrecht, da empreiteira baiana que leva seu sobrenome, tem laços com todos os lados. Próximo a Aécio, o empresário tem se aproximado também de Campos, e celebrado diversos contratos para obras no estado.
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