A revista Carta Capital foi acusada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) de “usar documento forjado para amparar suas reportagens a respeito do chamado ‘mensalão mineiro’”, de acordo com o Jornal da Mídia. O MP alega que os documentos tinham assinatura falsificada do promotor de Justiça Adriano Estrela.A revista publicou uma reportagem, assinada pelo jornalista Leandro Fortes, em que afirmava que os desvios praticados pelo PSDB são “mais graves que os do PT” e que deveriam ser investigados e punidos, tal como o mensalão do PT, que foi julgado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A matéria da Carta Capital também sustentava que o ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), teria sacado mais de R$ 100 milhões das estatais mineiras para “remeter a uma lista de políticos e personalidades”, quase todas ligadas ao PSDB. O coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais (Caocrim), Joaquim José Miranda Júnior, pediu que a Delegacia do Departamento de Falsificações e Defraudações de Belo Horizonte instaure um inquérito policial para apurar o possível estelionato jornalístico. O jornalista Sérgio Lirio, no site da revista, rebateu as acusações, e disse que o “autor de acusação tão grave terá de provar em juízos suas palavras”. Lirio defendeu o periódico ao dizer que a publicação “não publica fichas policiais nem documentos falsos, não acusa sem provas, não transforma bandidos em heróis da pátria, não converte bolinha de papel em tijolo, não se associa a meliantes da estirpe de Carlinhos Cachoeira nem recorre aos serviços de arapongas (que se converteram nos verdadeiros “repórteres investigativos” de Brasília)”. O jornalista se disse impressionado com a participação do MP mineiro na tentativa de “desmoralizar” o processo do “mensalão tucano”. A matéria foi publicada em novembro do ano passado.