Movimentos de direitos humanos decidiram, nesta quinta-feira (10), levar o que classificaram de “grave situação” do Presídio Central de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, à Organização dos Estados Americanos (OEA). A denúncia, apresentada por oito entidades que compõem o Fórum da Questão Penitenciária, revela que o presídio enfrenta superlotação da população carcerária e precariedade das instalações, entre outros problemas. Segundo Pio Giovani Dresch, presidente da Associação de Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), uma das entidades que participam do fórum, a situação se arrasta desde 1995. “O presídio já vinha sofrendo uma série de interdições judiciais que proíbem, por exemplo, a entrada de presos provisórios. Mas isso não vem sendo respeitado. O presídio está funcionando com mais que o dobro da capacidade”, afirmou Dresch. De acordo com a Ajuris, os problemas foram identificados durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário, na Câmara dos Deputados, que classificou a unidade prisional, que fica a cinco quilômetros da região central da capital gaúcha, como a pior do país. Além da superlotação, o documento denuncia defasagem estrutural, falta de saneamento, além do desmando no interior das galerias e a “institucionalização de uma perversa relação de comprometimento entre os detentos”. Leia mais em O Globo.