Chamado pelo movimento grevista
dos professores estaduais de intolerante, o governador Jaques Wagner recusou a
classificação e retribuiu na mesma moeda. “Nós estávamos na mesa. Quem levantou
foram eles. [...] Como o governador é sempre o poder e os professores são a
parte dita frágil, fica parecendo que eu sou o algoz. Mas onde é que está a
intolerância?”, questionou o petista, entrevistado da semana do Bahia Notícias.
Ao avaliar as consequências da paralisação que já dura dois meses, Wagner
minimizou o impacto que o movimento poderá causar sobre a candidatura de Nelson
Pelegrino à prefeitura de Salvador e evitou reconhecer o atual momento político
como o mais crítico do seu governo. Durante a entrevista, ele falou sobre as
eleições municipais: atribuiu pouco peso às atuais pesquisas de intenção de
voto e explicou como atuará na campanha caso se concretize um cenário com
vários candidatos da sua base. Apontado como o governador brasileiro que mais
viajou desde 2011, Wagner argumentou que não é líder nos gastos, disse que suas
ações são para “vender a Bahia lá fora” e prometeu “continuar viajando”, mesmo
com as críticas. O petista ainda falou sobre a participação da capital baiana
na Copa das Confederações e prometeu mais uma vez o lançamento da licitação do metrô
da Paralela, desta vez para julho. Além disso, comentou as negociações para que
o PR seja mais um partido a compor a base governista, mas negou que a Agência
Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa) tenha sido criada
para abrigar o possível novo aliado. Clique aqui para ler a
entrevista na íntegra.