Segundo o IBGE , a criança brasileira passa em média 5h17 por dia em frente à TV, contra apenas 3h15 na escola. Nos estados Unidos, bebês entre 10 meses e 2 anos de idade passam 2h por dia diante da tela. As pesquisas apontam ainda que esse tempo de exposição diante da tela não vem sendo substituído, mas agregado a novas mídias, como a internet. Diante do quadro alarmante de crianças cada vez mais vulneráveis ao consumismo estimulado pela publicidade; à obesidade infantil decorrente de longos períodos de inatividade física e de ingestão de guloseimas incentivadas pela propaganda; de sexualização precoce advinda do acesso a conteúdos impróprios para a idade, estudiosos e representantes de quatro frentes parlamentares reuniram-se nesta terça-feira em torno do Seminário Infância e Comunicação – Marcos Legais e políticas públicas. O evento organizado pela Agência Nacional em Defesa da Infância (ANDI) tem por objetivo discutir parâmetros para um para um ordenamento democrático da relação entre os meios de comunicação e a infância. “A ANDI teve papel fundamental pela retirada da palavra ‘menor’ nos meios de comunicação quando estes designavam a criança ou adolescente em conflito com a lei, mas isso não nos basta. É preciso avançar para um marco legal das comunicações, e pensar que comunicação interessa ao desenvolvimento sadio das nossas crianças”, destacou a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), representante da Frente Parlamentar Mista dos Direitos da Criança e do Adolescente.