Servidores Municipais de Itaberaba pode decretar GREVE GERAL a qualquer
momento, na ultima quinta feira (26) os servidores paralisaram as
atividades, um grupo acampou por todo dia em frente ao Gabinete da
Prefeitura.
O SINDSERVI vem desde o inicio do ano tentado uma
audiência com o Prefeito João Filho – PP para tenta discutir pauta de
reivindicação dos servidores sem êxito. Acontece que o município assinou um TAC junto ao MPT E MP/BA para realização de CONCURSO PUBLICO que até o momento não ocorreu.Já se anuncia a boca miúda que se esquematiza organizar mais uma
COOPERATIVA "(GOOLPERATIVA)" para que os servidores contratados as
prestarem serviços ao Município de Itaberaba seja via a COOPERATIVA.
CONSIDERANDO que toda relação jurídica de trabalho cuja prestação laboral não eventual seja ofertada pessoalmente pelo obreiro, em serviços de mão de obra humana é de subordinação e mediante contraprestação pecuniária, será regida obrigatoriamente pela Consolidação das Leis do Trabalho ou por estatuto próprio, quando se tratar de relação de trabalho de natureza estatutária, com a Administração Pública;
CONSIDERANDO que a legislação consolidada em
seu art. 9º, comina de nulidade absoluta todos os atos praticados com o
intuito de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação da lei
trabalhista;
CONSIDERANDO que as sociedades cooperativas, segundo a
Lei n. 5.764, de 16.12.1971, art. 4º, "(...) são sociedades de pessoas,
com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à
falência, constituídas para prestar serviços aos associados.
CONSIDERANDO que as cooperativas podem prestar serviços a não associados
somente em caráter excepcional e desde que tal faculdade atenda aos
objetivos sociais previstos na sua norma estatutária, (art. 86, da Lei
n. 5.764, de 16.12.1971), aspecto legal que revela a patente
impossibilidade jurídica das cooperativas funcionarem como agências de
locação de mão-de-obra terceirizada;
CONSIDERANDO que a
administração pública está inexoravelmente jungida ao princípio da
legalidade, e que a prática do merchandage é vedada pelo art. 3º, da CLT
e repelida pela jurisprudência sumulada do C. TST (En. 331);
CONSIDERANDO que os trabalhadores aliciados por cooperativas de
mão-de-obra, que prestam serviços de natureza subordinada à UNIÃO embora
laborem em situação fática idêntica a dos empregados das empresas
prestadoras de serviços terceirizáveis, encontram-se à margem de
qualquer proteção jurídico-laboral, sendo-lhes sonegada a incidência de
normas protetivas do trabalho, especialmente àquelas destinadas a
tutelar a segurança e higidez do trabalho subordinado, o que afronta o
princípio da isonomia, a dignidade da pessoa humana e os valores sociais
do trabalho (arts. 5º, caput e 1º, III e IV da Constituição Federal);
CONSIDERANDO que num processo de terceirização o tomador dos serviços
(no caso a administração pública) tem responsabilidade sucessiva por
eventuais débitos trabalhistas do fornecedor de mão-de-obra, nos termos
do Enunciado 331, do TST, o que poderia gerar graves prejuízos
financeiros ao erário, na hipótese de se apurar a presença dos
requisitos do art. 3º, da CLT na atividade de intermediação de
mão-de-obra patrocinada por falsas cooperativas;
CONSIDERANDO o teor
da Recomendação Para a Promoção das Cooperativas aprovada na 90ª
sessão, da OIT Organização Internacional do Trabalho, em junho de 2002,
dispondo que os Estados devem implementar políticas nos sentido de:
"8.1.b Garantir que as cooperativas não sejam criadas para, ou direcionadas a, o não cumprimento da lei do trabalho ou usadas para estabelecer relações de emprego, disfarçados, e combater pseudocooperativas que violam os direitos dos trabalhadores velando para que a lei trabalhista seja aplicada em todas as empresas."
"8.1.b Garantir que as cooperativas não sejam criadas para, ou direcionadas a, o não cumprimento da lei do trabalho ou usadas para estabelecer relações de emprego, disfarçados, e combater pseudocooperativas que violam os direitos dos trabalhadores velando para que a lei trabalhista seja aplicada em todas as empresas."
O
MUNICIPIO DE ITABERABA abster-se-á de contratar trabalhadores, por meio
de cooperativas de mão-de-obra, para a prestação de serviços ligados às
suas atividades-fim ou meio, quando o labor, por sua própria natureza,
demandar execução em estado de subordinação, quer em relação ao tomador,
ou em relação ao fornecedor dos serviços, constituindo elemento
essencial ao desenvolvimento e à prestação dos serviços terceirizados,
sendo eles.
Fonte:http://blogdopitombo.blogspot.com.br/