Ainda que a hipótese de o deputado estadual Alan Sanches (PSD) ser
indicado para vice na chapa de Nelson Pelegrino (PT) não esteja
confirmada, é certa a unidade dos dois partidos na campanha municipal
deste ano em Salvador e, mais do que isso, uma coligação formal entre as
duas legendas para as eleições à Câmara Municipal.
Com a aliança com o PT, o PSD estima eleger quatro vereadores – os
atuais Dr. Pitangueiras, David Rios, Edson da União e provavelmente o
filho do próprio Alan, Duda Sanches -, o que naturalmente fará com que
os petistas reduzam o número de quadros que pretendiam fazer na Câmara. A
expectativa é de que a coligação encabeçada pelo PT eleja até 11
vereadores.
O número daria para assegurar a reeleição da atual bancada por
inteiro, que conta com sete integrantes, diz uma fonte da legenda,
observando que a decisão de fazer coligação proporcional com o PSD passa
pela estratégia do PT de ajudar aliados de primeira hora como o
partido, que anuncia formalmente sua opção pela candidatura petista à
Prefeitura esta semana.
“Sem coligação com o PT, o PSD corre o risco de não eleger ninguém na
Câmara este ano”, afirma um outro petista, observando que, com o tempo e
a conquista do poder, o PT soube rever uma cláusula pétrea da legenda –
a de nunca fazer eleições proporcionais.
O fato de o PT ter escolhido o PSD como parceiro preferencial para a
sucessão municipal não significa que vá coligar-se apenas com ele. Outra
legenda que tem pedido de coligação avaliado é o PDT, que também deve
apoiar a candidatura de Nelson Pelegrino a Prefeitura. Os pedetistas
querem eleger pelo menos três vereadores. O PT oferece as coligações
fiando-se na força da candidatura de Pelegrino.