16 de março de 2012

É pra rir ou pra chorar? Inelegível, prefeita de Candeias gasta R$ 60 mil com flores

A prefeitura de Candeias gastou R$ 60 mil com a compra de flores em 2011. Assinado em 26 de setembro, o contrato 100/11 previa que Magda Regina Medeiros dos Santos Ramos forneceria flores por um ano “para os diversos eventos” que acontecem na Secretaria de Educação do município. Além de querer florir a cidade – ou uma secretaria, mais especificamente – a prefeita Maria Maia (PMDB) também tinha pressa em melhorar a cidade. Tanto é assim que, dois meses depois, a pasta de Administração autorizou cinco dispensas de licitações na contratação de construtoras. Elas foram assinadas no mesmo dia (24 de novembro) e justificadas com base no artigo 24, inciso IV da Lei 8.666/93. O aluguel de máquinas da Andrade Leal para serem utilizadas em “frentes de serviço emergenciais” saiu por R$ 782.212,20. A Dam Construtora Incorporadora recebeu R$ 1.948.215,47 por serviços de recuperação em estradas vicinais no município. Já a Solobrax foi paga – também por “serviços emergenciais” – para reparar a pavimentação de paralelepípedos em diversos logradouros da sede e dos distritos de Candeias. O valor global foi de R$ 2.330.511,3. A prefeitura também contratou a Larseg Construtora por R$ 1.526.067,84 para limpar e dragar canais. No esforço para melhorar a cidade, quem recebeu o maior valor foi a Alpes Engenharia. A empresa foi contratada por R$ 2.198.760,03 para executar obras de recuperação e pavimentação asfáltica, drenagem e confecção de passeios e meio-fios nas ruas da Escola, Cachoeira e da Matriz nos distritos de Passagem dos Teixeiras, Passé, Caboto, Menino de Jesus, Canta Galo, Posto Sanca e na sede do município. No total, foram gastos aproximadamente R$ 8,78 milhões para sanar situações emergenciais, o que corresponde a 5,3% de R$ 166 milhões, valor que foi arrecadado pela cidade no último ano. Em maio de 2011, Maria Maia ficou inelegível por oito anos depois que a Câmara Municipal de Candeias votou a favor do parecer do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que reprovou as contas da gestora. Coincidentemente, a afobação na realização dos contratos acontece pouco tempo antes do julgamento do pedido de cassação da gestora no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), marcado para o próximo dia 27.
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