Ao escrever indagações denominadas de Será que vale a pena, disse o Professor Luís Marins:
São tantos os “será que vale a pena?” que nos perguntamos que se formos fundo em sua análise podemos até cair em profunda depressão. Aqui vão algumas dessas perguntas:
Será que vale a pena ser honesto? - Será que vale a pena ser ético? - Será que vale a pena ser justo? - Será que vale a pena ser fiel? - Será que vale a pena ser paciente? - Será que vale a pena ser humilde? - Será que vale a pena ser correto? - Será que vale a pena falar a verdade? - Será que vale a pena ensinar nossos filhos os valores morais tradicionais? - Será que vale a pena estudar? - Será que vale a pena trabalhar tanto? - Será que vale a pena ler jornais, ouvir e ver notícias no rádio e na TV? - Será que vale a pena não ser um alienado? - Será que vale a pena....?
Antes de se ter ética na Política, na polícia, na imprensa e nas demais atividades, é necessário que se tenha isto inserido na própria alma humana. Na nossa vida.
O preceito ético encontra-se fora de prática nas mais variadas áreas. Instalam-se comissões formais apenas para justificar o que não se faz. A cada hora é indispensável que se exercite a honestidade e seriedade com nós mesmos. Partindo desta premissa seguida à risca e com lealdade extremas seria desnecessário que se houvesse o mundo formal. Deixariam de existir, inclusive, os conselhos de ética nos parlamentos, na advocacia, na magistratura, na medicina dentre outros.
As pessoas necessitam voltar a querer. A querer ser diligente e operoso. A querer ser leal e detentor de senso de justiça. A construir a paz em vez de promover a guerra. A recuperar o indivíduo ao invés de ferrá-lo. Infelizmente tem-se tornado comum às pessoas estudarem uma maneira de prejudicar o outro. Em vez de afirmar que iremos salvar e recuperar o transgressor, priorizamos o castigo, endurecemos a pena, reduzimos a maioridade penal, enfim. Toda esta logica invertida faz com que as mazelas jamais se acabem, pois, imaginamos que devemos também nos nivelar na mesma postura do criminoso, praticando violência igual ou maior. Temos que deixar de entender como romântico o que se é o caminho certo. A trilha do amor com amor se paga. Difícil é verdade, mas, não podemos jamais desistir de recuperar e de viabilizar o salvamento.
Vivemos numa crise de ansiedade e de impotência. A imprensa que grita ou que reproduz o clamor, mas, não tem forças suficientes para representar e atuar em defesa concreta dos sofredores. Daqueles esquecidos e que tem seus direitos ignorados. Mas, temos que nos convencer de que não podemos ser negligentes ou deixar de dar voz e vez aos desassistidos. Aos que nos procuram crendo num alento, numa resolução, numa minoração ou num alívio da dor. Tudo para que não tenhamos dúvida de que será que vale a pena ler jornais, ouvir e ver notícias no rádio e na TV? Qual a nossa razão de existir?
Certamente que deveríamos agir preventivamente ao invés de atuar no efeito extintor e apagador de incêndio. Os problemas tem se alastrado a cada dia, devido ao egoísmo das pessoas e até de autoridades. Pensamos que o problema do vizinho não é nosso. Que o problema da família do outro e não nosso não nos diz respeito. Matam e morrem numa banalização da vida sem precedentes. Instaura-se a revolta e potencializa a sensação de vazio e de que a coisa se perdurará por longo tempo, repetindo loucura após loucuras.
Será que vale à pena ser fiel, ser justo? Será que vale a pena ser ético? Viver uma vida próspera em substituição a uma vida medíocre é o que vale. É que se espera.
Pense nisto amigo ouvinte e leitor.
CONEXÃO VERDADE EM REFLEXÃO SOBRE ÉTICA NESTA SEXTA FEIRA, DIA 12/04/2013.