8 de março de 2012

Plano B para os infiéis


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira projeto de lei que define casos em que o parlamentar infiel poderá deixar o partido sem perder o mandato
De acordo com a matéria, apresentada pelo presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), o eleito poderá trocar de legenda em quatro situações: incorporação ou fusão do partido; criação de novo partido; mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário e grave discriminação pessoal.

Todas essa situações já estão previstas em resolução 22.610/2007 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O texto é de O Globo.

A proposta gerou um debate principalmente por conta da possibilidade de criação de novos partidos. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) lembrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia se posicionado sobre a infidelidade partidária, definindo que o mandato pertence ao partido.
Para ele, o projeto de Sarney, relatado pelo senador Sérgio Petecão (PSD-AC), abre a possibilidade da criação ilimitada de legendas que não têm identidade própria, mas apenas servem como janela para infiéis.

- É muito fácil criar um partido no Brasil – observou Simon, lembrando que há mais de 30 siglas no país.

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) entendeu que é legítimo fundar novas legendas e, por isso, defendeu a emenda. Depois de aprovada – ela segue agora para o plenário do Senado -, Aécio Neves (PSDB-MG) brincou:

- Fica marcada para amanhã (quinta-feira) a reunião para criação de um novo partido.
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