Por Rogério Lima.
05/06/2013.
Finalmente um político vereando e cumprindo o seu múnus público de fiscal do povo em Itaberaba. Este cuidador e que até aqui vem desempenhando o papel de representante do povo atende pelo nome de Roberto. Roberto Almeida. Homem de rádio e da saúde. Atribuições primeiras em sua vida que, certamente, não o deixa desviar para o caminho do mal, além do bom caráter é claro.
Eis o que disse Almeida em requerimento aviado ao prefeito, mas, antes submetido a aprovação do parlamento.
Abre-se aspas.
“RESOLVER PROBLEMAS ESTRUTURAIS E
FUNCIONAIS DA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMILIA DA CONCIC, CONFORME A SEGUIR DESCREVEMOS:
AR CONDICIONADO DA SALA DO MÉDICO NÃO FUNCIONA E NÃO TEM VENTILADOR -
COMPUTADOR ESTÁ PARADO POR FALTA DE ESTABILIZADOR, IMPEDINDO A LIBERAÇÃO DOS
CARTÕES DO SUS E OUTROS SERVIÇOS - NA UNIDADE NÃO TEM NEBULIZADOR - FALTA A
GELADEIRA DA SALA DE VACINA E OS USUÁRIOS QUE PROCURAM A UNIDADE PARA VACINAR
SEUS FILHOS ACABAM RETORNANDO SEM ATENDIMENTO. ÀS VEZES A SECRETARIA DE SAÚDE
ENVIA ALGUMAS VACINAS EM UM ISOPOR, COLOCANDO EM RISCO A QUALIDADE E A EFICÁCIA
DAS MESMAS - FALTA BALANÇA - A SALA DE TRIAGEM NÃO TEM MESA E O ATENDIMENTO É
FEITO COM O USUÁRIO EM PÉ - SALA DE CURATIVO COM MACAS E MESAS ENFERRUJADAS -
ESTERELIZAÇÃO E EXPURGO NO MESMO AMBIENTE E FEITO PELAS RECEPCIONISTAS,
AUMENTANDO O RISCO DE CONTAMINAÇÃO PARA ELAS E PACIENTES - ATENDIMENTO MÉDICO
TRÊS VEZES POR SEMANA, PORQUE A MÉDICA É DESIGNADA PARA IR A ZONA RURAL -
ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO INOPERANTE DESDE JANEIRO DESTE ANO - FARMÁCIA DA
UNIDADE NÃO TEM VENTILAÇÃO NA SALA, DISPONDO APENAS DE 12 (DOZE) TIPOS DE
MEDICAMENTOS E, MUITOS DELES, POUCO UTILIZADOS PELA POPULAÇÃO.”
Fecha-se
aspas.
Cumpre e resta-nos perguntar senão ao gestor público municipal, indagar ao povo, se as constatações diárias que verificamos na saúde são coisas inventadas? Sem dúvida que não é. A gestão não consegue cuidar sequer das necessidades primárias e básicas no que tange a uma mínima estruturação física e instrumental, imaginem no que se refere ao salvamento das vidas.
Outra constatação vergonhosa é a questão de falta de atendimento medicinal no horário de meio dia a quatorze horas tida como intervalo de almoço dos médicos. O vereador e voluntário no HGI, José Francisco tentou explicar, mas, confessamos que ficou feio. Com todas as vênias e respeito que mereça Zé Francisco. Primeiro que não pode haver no plantão apenas um médico para uma população regional de mais de 200 mil pessoas. O que quer dizer que enquanto uns ou apenas um faz sua refeição o outro deve ficar no plantão. Enfermeiros e estudantes de medicina não devem atender pacientes sem a liderança ou titularidade do profissional médico. E não nos venha contra argumentar que atende uma região e não somente Itaberaba como acabou de mencionar, pois, se fosse assim não se encaminharia tantos pacientes para Salvador e Feira de Santana. Imaginem se estas cidades devolvessem todos. Temos que melhorar. Humildemente. Com empenho, suor e habilidade gerencial.
Doutro ângulo, analisando bem as intercorrências. No caso de se adotar uma representação judicial contra ato de omissão de socorro de Hospital Regional de Itaberaba, quem além do prefeito e do secretário de saúde figurará como réu da ação de fazer ou de não fazer. De prestar, fielmente, serviço de saúde e de não omitir-se diante dos pacientes que busca a unidade de saúde como única opção para os desprovidos de recursos financeiros.
Um conselho gratuito para a administração pública. Saia na frente quando ouvir os clamores de pacientes desassistidos queixando-se no rádio pela falta de prestação de saúde pública. Não espere o vereador requerer, o MP pedir ao juiz que puna severamente os algozes. Ainda que, porventura, nem seja tão mal assim. Talvez seja falta de competência técnica mesmo. Pois todos devem saber que as enfermidades não esperam que se diligencie o antídoto ou remédio amanhã. Sua necessidade é hoje. E é hoje que se deve combatê-la.
Pensem nisto e mudemos de atitude imediatamente.
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