A solicitação do prefeito ACM Neto (DEM) para que presidentes de partido não exerçam funções no Executivo soteropolitano rendeu mais uma mudança na direção do PV que, em dezembro, substituiu o presidente estadual Ivanilson Gomes pelo ex-deputado Edson Duarte.
Gomes, que assumiu a secretaria de Cidade Sustentável, convidou o dirigente municipal, André Fraga, para a subsecretaria e o pedido culminou com a ascensão do vereador Marcell Moraes para a presidência do diretório verde de Salvador.
De acordo com Moraes, Fraga seguiu a recomendação do prefeito para não acumular funções na administração municipal e na direção dos partidos e houve uma inversão nas funções – o vereador, até então vice, tornou-se presidente e Fraga foi a vice.
“Eu aceitei por ser vice-presidente e André aceitou o pedido do prefeito para não acumular as funções. Em abril, a Executiva estadual vai se reunir para definir se eu fico ou não como presidência”, explica o vereador em primeiro mandato. Segundo ele, porém, o foco permanece sendo a cadeira na Câmara de Vereadores.
“Eu continuo não achando interessante acumular a presidência com a vaga de vereador, como falei na época da substituição de Ivanilson. Estou procurando bons nomes para que possam me substituir, mas como sou um homem de partido, se a Executiva deliberar, eu continuarei”, antecipa Moraes.
Entre os nomes citados pelo vereador figuram os verdes Marcelo Prego e Lilian Amorim, ambos filiados há muito tempo no partido – Lilian chegou a ser candidata a vice-governadora na chapa da sigla em 2010 e entre os atributos que a gabaritam para a função está a defesa de minorias, como cadeirante, e a proteção dos animais, principal bandeira do PV em 2012, quando conquistou duas vagas no Legislativo da capital baiana.
Como, em alguns momentos, é possível que a posição do vereador e do partido sejam divergentes, Moraes manifesta a preocupação de manter boas relações com a prefeitura, que possui uma verde, Célia Sacramento, na vice. “Não vou fazer nenhum ato político como presidente do partido e vou conversar com o prefeito apenas como vereador”, diz Marcell.