Por Rogério Lima.
Se pudéssemos tratar de nossos enfermos em nossa própria casa ou cidade,
certamente, que o sofrimento e a penalização seriam menores. Da mesma forma em
que aproximaria mais o doente da cura. Encarar um ambiente hospitalar precário
e mais concorrido em Feira de Santana e Salvador distante de casa, agrava a dor
do paciente e da família deste. Cuidemos de nossa casa urgente. Ignoremos os
comparativos de que a saúde tá mal no Brasil inteiro. Humanizemos e
estruturemos com esmero e força artesanal a prestação de saúde de nossa
comunidade. Reflexão deste autor.
Não nos interessou acompanhar atentamente como o efetuamos, semanalmente, as discussões muitas vezes inócuas e sem resultados, realizadas pelos senhores vereadores de Itaberaba. Seja por ocupação de relevância justificada deste articulista, seja por falta de estímulo e de esperança de que algo um dia se resolverá, seja por qualquer outro motivo aleatório.
Ocorre que esta opinião não pretende enfileirar-se aos que dormem e invertem as pautas dando lugar a assuntos inferiores e de pouca relevância.
Nenhum assunto em que venha a tratar agora o poder legislativo de Itaberaba é tão mais importante do que cuidar cirurgicamente da deficiência na saúde. Nenhum outro é mais importante do que cuidar, precisamente, no alvo da segurança pública. São dois temas que violam e violentam ao mesmo tempo o patrimônio e a vida do cidadão. Pessoas estão sofrendo e morrendo. Quando não são por um motivo são pelo o outro. Quando não os são pelas mesmas razões ao mesmo tempo. Violência proveniente da falta de segurança, que deságuam em hospitais desestruturados, que resultam em morte em série. Vamos acabar de sonolência e de falta de prioridade para com a vida, senhores. Ainda ontem telefonou para este redator, um funcionário de um grande Banco local, declarando-se apreensivo em virtude de até o momento não ter recebido nenhum ofício da Câmara de Vereadores. Tanto para a audiência pública sobre segurança pública, quanto não recebeu também, nenhum documento sobre as discussões da saúde, da hemodiálise ou da reinstalação do Hospital Regional. Assuntos, indiscutivelmente, interligados. Ainda confessou infeliz e acertadamente que nos dois problemas cruciais e gravíssimos da cidade, representados por dois éssis. Não se sabe se mais grave a saúde ou se a segurança.
Mas enquanto isto... agora nós e não mais o atento questionador do Banco, os vereadores representantes do executivo e não do povo, justifica as contas e os gastos do prefeito. Não que isto não seja relevante, mas, é, sem dúvida alguma, coisas revestidas de interesses aquém do republicano e do coletivo. Tudo bem que deve tratar-se da ITAPREV como nós mesmos tratamos aqui em EDITORIAL. Mas, devem fiscalizar acerca dos recolhimentos das contribuições previdenciárias do funcionalismo público municipal. Está o prefeito e o município recolhendo religiosamente estes valores? Sem qualquer possibilidade de apropriação ou uso indevido de verba dos aposentados e dos que se aposentarão? Se cumpre, está ótimo! Aplausos e parabéns ao gestor, merecidamente. Uma pilhéria. Parabéns por cumprir-se a estrita legalidade. Um princípio norteador de todos os outros da administração pública, quais sejam, o da moralidade, eficiência e publicidade. Sim, isto mesmo! PUBLICIDADE. Os vereadores tem que prestar contas ao povo acerca de quanto se recolhe e quanto se paga, mensalmente, aos já aposentados. Para que isto também não venha a entrar num futuro bem próximo na estatística dos dois éssis. Essis das faltas de segurança e de saúde. E por falar em princípio, o da prestação de contas também é um princípio administrativo.
Por derradeiro, pois o tempo já se foi. As audiências públicas e tratativas de problemas graves e localizados como estes não devem ser tratados nas sessões de segunda e terças feiras. NÃO DEVEM. Necessitam que sejam em dias diferentes destes. Possivelmente, o dia inteiro. E não se trata disto somente no plenário. O que os senhores vereadores estão fazendo no sentido de buscar soluções todo o tempo, via gabinetes ou gastando a sola dos sapatos em busca da solução aqui no município, em Salvador, em Brasília ou onde lá seja... Vamos senhores, faça valer a escolha e o voto de sua comunidade. Paciência tem limites e os senhores, data vênia, ainda não disseram a que veio. Não gostaríamos de mandá-los tomar vergonha na cara diretamente, mas, gostaremos muito de render-lhes parabéns e o reconhecimento de vossas missões cumpridas.
É como opinamos.