6 de fevereiro de 2013

Prefeita afastada voltará só se saúde permitir, diz antecessor

A prefeita afastada de Ipirá, Ana Verena Colonezzi (PR), só voltará ao cargo para o qual foi eleita caso não tenha nenhum problema de saúde que a impeça de exercer a função, afirma o antecessor Diomário Sá. Desde o último dia 17 ela está fora do cargo em uma licença não-remunerada autorizada pela Câmara Municipal após recomendações médicas devido a problemas cardíacos.

Segundo o ex-prefeito, Ana Verena sofreu uma arritmia cardíaca poucos dias depois de ter assumido o mandato e esclareceu que a intensa pressão de liderar o Poder Executivo e toda a relação política para remontar secretarias e órgãos institucionais contribuíram para que o problema surgisse. Além disto, a família da prefeita tem o histórico de doenças cardíacas, o que de fato matou o pai da gestora em agosto do ano passado após um infarto fulminante.

“Conversei com ela nos últimos dias e ela disse que só voltará se a vida dela não estiver em risco. A licença se esgota no próximo dia 17 de fevereiro e, até lá, se ela decidir que não é possível continuar, o vice-prefeito está aí para isto. Mas também sugeri que ela pudesse solicitar que a licença se prorrogue por mais 30 dias, para que a investigação de saúde possa ser feita de maneira completa”, detalhou Sá.

O ex-prefeito não se esquivou de perguntas sobre a competência da prefeita, que é médica e jamais exerceu na vida um cargo público, e disse que, apesar de se tratar da mulher do candidato impedido de competir no ano passado, trata-se de um quadro independente e capaz de fazer um bom trabalho. Ana Verena entrou para o pleito a apenas 21 dias das eleições substituindo o marido e ex-prefeito, Antônio Colonezzi (PP), e, segundo o antecessor, teve carisma para superar muitos problemas e terminar eleita por 49 votos de diferença.

Ele insiste que a inexperiência nos cargos de gestão será suplantada por uma equipe que considera qualificada que mescla gestores herdados da última prefeitura com novos indicados por critérios de competência. O próprio Sá foi convocado pela prefeita a se disponibilizar para servir como conselheiro do novo governo municipal e diz não ter exigido nenhuma secretaria em troca e que não indicou sequer um nome para o atual corpo de servidores. A influência do ex-marido, ele acredita, não pode ser ignorada. 

“Quando você tem um ex-prefeito em casa, por que não usar a experiência dele? Ela é mulher de ex-prefeito, tem ex-prefeito como aliado e ouvirá a todos os que a aconselharem, mas já declarou que, no final, a gestão é dela”. A médica, afirma Deomário, tem personalidade, é “centrada”, “incisiva” e também dispõe do apoio do deputado federal Afonso Florence (PT), mesmo partido do vice Ademildo Almeida, atual interino em Ipirá.
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