O governo federal vai abrir uma nova sindicância para apurar se os atos de dois outros integrantes da alta direção da Advocacia-Geral da União (AGU) influenciaram o esquema investigado pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal. A sindicância analisará se atuação da chefe de gabinete do ministro Luís Inácio Adams, Hebe Teixeira Romano e o do consultor-geral da União, Arnaldo Sampaio Godoy. O procurador federal Mauro Hauschild, que presidiu o INSS até outubro do ano passado, também está sob investigação. Hebe Romano é suspeita de abastecer a quadrilha com informações internas e de repassar documentos usados pelo grupo na negociação de pareceres de órgãos federais para interesses privados. Já Godoy é suspeito de auxiliar na produção dos pareceres, sabendo dos interesses de Paulo Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), que seria o chefe do esquema. Godoy admitiu o envolvimento, mas depois declarou à Folha de São Paulo que teria sido “enganado” pela quadrilha. Ele teria colaborado com Adams no assessoramento jurídico à presidência da República, com produção de pareceres e informações de trabalhos jurídicos. Hebe e Godoy não foram indiciados pela PF e nem na lista de denunciados do Ministério Público Federal (MPF) em dezembro. Já Hauschild é visto como auxiliador da quadrilha e sua mulher era assessora de Paulo Vieira. Informações da Folha de São Paulo.