Istoé
O deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) conta as horas para a eleição deste domingo 3 que pode lhe garantir a liderança do partido na Câmara. No Palácio do Planalto, porém, a possibilidade de que o peemedebista conquiste mais poder é vista com temor. O motivo é que nos últimos três anos Cunha trabalhou de forma persistente para tentar viabilizar uma operação financeira que provocaria um rombo de mais de R$ 33 bilhões nos cofres públicos. A armadilha, conduzida longe das vistas do cidadão comum e de boa parte de seus colegas de Congresso, previa a quitação da bilionária dívida dos acionistas do Banco Nacional, extinto em 1995, com títulos podres, sem liquidez e de securitização incerta. Com a manobra, o banco passaria de devedor confesso à confortável condição de credor da União. Tudo isso à base da caneta de Cunha, que teria plantado emendas de contrabando – aquelas que são feitas sem discussão prévia dos parlamentares – em medidas provisórias.