A defesa da vereadora Ana Maria Holleben (PT), presa nesta quarta-feira (2) em Ponta Grossa (interior do Paraná) sob suspeita de ter forjado o próprio sequestro, diz que a versão da polícia é uma "suposição". "Não há nada confirmado", afirma o advogado Pablo Milanese. Ele, porém, não detalha a versão da vereadora. Segundo Milanese, ela está sob efeito de medicamentos e ainda não falou sobre o assunto. Ana Maria, eleita para seu terceiro mandato, sumiu logo após tomar posse, a caminho da sessão que escolheria a presidência da Câmara. Segundo a polícia, ela simulou um sequestro para não votar --mas ainda não se sabe por quê.
O delegado Danilo Cesto, responsável por investigar o caso, diz que há duas hipóteses: a primeira é que a vereadora tenha tentado impedir a votação por mágoa de seu próprio grupo político. A petista integra a bancada de oposição ao novo prefeito, Marcelo Rangel (PPS). São 12 vereadores de oposição, contra 11 da situação. Por serem maioria, eles provavelmente elegeriam o presidente da Casa. A outra hipótese é que a vereadora quisesse "aparecer como vítima" e responsabilizar os vereadores da situação. "Todas as possibilidades são válidas. Ainda estamos investigando se há outros agentes políticos envolvidos", diz o delegado. Ana Maria continua detida na delegacia de Ponta Grossa. Ela será indiciada sob suspeita de falsa comunicação de crime, fraude processual e formação de quadrilha.
NOVO PRESIDENTE
Mesmo sem ela, a Câmara elegeu nesta quinta-feira seu presidente, o vereador Aliel Machado (PC do B) --que é do grupo de oposição ao prefeito. A votação terminou empatada (11 a 11), mas o comunista ganhou porque foi mais votado nas eleições de outubro. Machado negou qualquer participação de seu bloco político no falso sequestro. "Os mais prejudicados éramos nós", disse à Folha. Ana Maria continua vereadora, já que tomou posse, não foi condenada e não há denúncias por quebra de decoro contra ela. (Folha)
O delegado Danilo Cesto, responsável por investigar o caso, diz que há duas hipóteses: a primeira é que a vereadora tenha tentado impedir a votação por mágoa de seu próprio grupo político. A petista integra a bancada de oposição ao novo prefeito, Marcelo Rangel (PPS). São 12 vereadores de oposição, contra 11 da situação. Por serem maioria, eles provavelmente elegeriam o presidente da Casa. A outra hipótese é que a vereadora quisesse "aparecer como vítima" e responsabilizar os vereadores da situação. "Todas as possibilidades são válidas. Ainda estamos investigando se há outros agentes políticos envolvidos", diz o delegado. Ana Maria continua detida na delegacia de Ponta Grossa. Ela será indiciada sob suspeita de falsa comunicação de crime, fraude processual e formação de quadrilha.
NOVO PRESIDENTE
Mesmo sem ela, a Câmara elegeu nesta quinta-feira seu presidente, o vereador Aliel Machado (PC do B) --que é do grupo de oposição ao prefeito. A votação terminou empatada (11 a 11), mas o comunista ganhou porque foi mais votado nas eleições de outubro. Machado negou qualquer participação de seu bloco político no falso sequestro. "Os mais prejudicados éramos nós", disse à Folha. Ana Maria continua vereadora, já que tomou posse, não foi condenada e não há denúncias por quebra de decoro contra ela. (Folha)