Pressionado pelos parlamentares e pelos governadores de 24 Estados não produtores de petróleo, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB/AP), se comprometeu nesta quarta-feira (5) a colocar em votação, até o dia 22 de dezembro, o veto parcial da presidente Dilma Rousseff ao projeto que altera a distribuição dos royalties do petróleo. O veto garantiu aos Estados produtores, como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, a manutenção das receitas dos poços já licitados. A derrubada do veto enfrenta resistências do governo que trabalha para impedir sua votação daqui a duas semanas, antes do início do recesso parlamentar. “Evidente que somos contra derrubar o veto feito pela presidente Dilma”, afirmou o deputado Carlos Zarattini (PT/SP), que foi o relator do projeto dos royalties na Câmara. Governistas ligados ao Palácio do Planalto, em especial os petistas, apostam que Sarney irá empurrar a votação do veto, deixando o imbróglio para seu sucessor. A não colocação do veto em votação poderá até ser usada em troca do apoio da presidente à candidatura de Renan Calheiros (PMDB/AL) para a presidência do Senado. Sarney deixará o cargo no dia 1º de fevereiro, quando será eleito seu sucessor. A avaliação é que Sarney “não vai arranjar encrenca com a Dilma nem afrontar a presidente” às vésperas deixar o cargo. Leia mais no Estadão.