A oposição no Congresso quer explicações do secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, sobre uma conversa que teve com o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Carvalho, o magistrado o teria procurado antes de ser indicado ao cargo na Corte e afirmado que o processo do mensalão "não tinha prova nenhuma" e que "tomaria uma posição muito clara" durante o julgamento. "É um fato gravíssimo. Primeiro porque é um ministro antecipando seu voto em um julgamento. Segundo, que dá a entender que o Fux só foi indicado (ao STF) porque havia se posicionado daquela maneira", afirmou o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO). A declaração de Carvalho foi exibida domingo (23) à noite em entrevista ao programa "É Notícia", da Rede TV. Para o deputado, a afirmação permite supor não apenas que Gilberto Carvalho trabalhou para a indicação de Fux ao Supremo, mas que o Executivo usou a prerrogativa de poder indicar os membros do STF para colocar lá uma pessoa com voto já declarado a favor do PT. "Cabe ao governo, principalmente à presidente Dilma, explicar por que nomeou o Fux", considerou. Informações da Agência Estado.