O Arquivo Público da Bahia funciona há quase três anos sem luz na maior parte das instalações, informa reportagem da Folha. Considerado por especialistas como um dos mais importantes do país e construído no século 16 para abrigar jesuítas, o espaço é tombado desde 1949. Entre o começo de 2010 e o final de 2011, o corte de energia elétrica foi total. Atualmente, há luz apenas na sala de consulta – reduzida a nove mesas – e na direção. “As condições são as piores possíveis, até constrangedoras para a própria direção e pesquisadores estrangeiros em lugares como o toalete”, afirma Consuelo Sampaio, chefe do Centro de Memória da Bahia de 2003 a 2011. Em novembro, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) constatou uma série de outros problemas, como goteiras, infiltrações e forro comprometido pela umidade. O espaço guarda a memória da primeira capital brasileira, com o equivalente a 23 quilômetros de papéis e documentos raros, contemplados com o Diploma de Memória do Mundo pela Unesco (braço da ONU para a educação).