Índios guarani kaiowá estão liberados para permanecer numa área de 10 mil metros quadrados no sul Mato Grosso do Sul, objeto de um processo de reintegração de posse. A decisão foi tomada nesta terça-feira (30), pela desembargadora Cecilia Mello, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª. Região, e garante à comunidade o direito de ficar no local até que sejam concluídos os trabalhos de delimitação e demarcação das terras. "Os indígenas se encontram em situação de penúria e de falta de assistência e, em razão do vínculo que mantêm com a terra que creem ser sua, colocam a própria vida em risco e como escudo para a defesa de sua cultura. Dessa forma, há notícias críveis de que a comunidade indígena Pyelito Kue resistirá até a morte à eventual ordem de desocupação", disse a desembargadora. Segundo ela, a situação reflete a "total ausência de providências" por parte do poder público relativas à demarcação das terras.