31 de outubro de 2012

Nilo é candidato à presidência da Assembleia pela 4ª vez em Slvador



A disputa pela presidência da Assembleia Legislativa da Bahia, para o mandato 2013-2014, cuja eleição ocorrerá em fevereiro de 2013, já começou. O deputado Marcelo Nilo (PDT), que almeja nada menos que o quarto mandato à frente da Casa, e tem planos de ocupar vaga na chapa majoritária em 2014, se antecipou e reuniu-se com o governador Jaques Wagner (PT) na noite desta terça-feira, 30, saindo de lá como o único candidato oficial da base, até agora.

"Expliquei ao governador as minhas razões, que recebi mais de 140 mil votos e que vou conversar com o PT e toda a base. Ele entendeu minhas razões para disputar", disse ele. Mas se das três vezes anteriores em que se candidatou Nilo venceu quase por unanimidade, desta vez terá de enfrentar como barreira alguns deputados da base do governo e da oposição. Vozes discordantes vêm do petista Rosemberg Pinto e de Alan Sanches (PSD), que defendem a tese da "oxigenação" da presidência da Casa. Há também quem avente o nome de Gildásio Penedo, que além de ser do PSD, partido do vice-governador Otto Alencar, há pouco mais de dois anos era oposicionista e, por isso mesmo, transita com desenvoltura nos dois lados.

Pela "revigorada" - Alan coloca seu nome publicamente para disputar a presidência. "Nós vamos ouvir o governador, o vice-governador, e vamos conversar com a bancada. Por três mandatos Marcelo tem conduzido a Casa de forma exemplar, mas é preciso dar uma revigorada, uma oxigenada. A Casa tem 62 nomes para viabilizar candidatura e eu sou um desses". Nilo, um pouco surpreso, concorda. "É legítima a disputa, todos têm o direito de disputar", afirma.

Por sua vez, o petista Rosemberg que vem pavimentando terreno em seu favor, embora diga que "só será candidato se seu nome for validado pelo seu partido (PT) e não crie prejuízo para a bancada", é um dos que mais questionam o conceito de reeleição de forma indeterminada. O regimento interno da Casa é omisso nesse caso.

"Eu não tenho nenhuma discordância com o nome de Marcelo. Mas sou contrário ao conceito de reeleição de forma indeterminada. Isso fere todo o meu conceito de democracia", diz ele. E completou: "Não estou colocando meu nome, porque não posso ser candidato de mim mesmo, mas do partido".

Já o deputado Gildásio Penedo, que tem seu nome lebrado pelos pares tanto para disputar a Casa mas também para a vaga aberta no Tribunal de Contas do Estado (TCE) - escolha que ocorrerá início de 2013 - diz que não colocou seu nome na roda da disputa, mas que fica lisonjeado:

"A gente fica feliz com a lembrança. O PSD tem representatividade, é natural que essas coisas apareçam. Mas essas decisões envolvem questões políticas. Isso será tratado no momento certo". (ATarde)
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