Reza a lei que, em anos de eleição, o governo só pode liberar verbas
para obras e convênios novos até o dia 6 de julho. Atento ao calendário,
o Planalto travou nos primeiros dias do mês uma corrida contra o
relógio. Mandou empenhar na primeira semana do mês R$ 823,7 milhões em
emendas de parlamentares. Deve-se a contabilização do arrastão de
liberações às repórteres Isabel Braga e Cristiane Jungblut. Servindo-se
de dados disponíveis no Siafi, o sistema que armazena os gastos do
governo, a dupla verificou que, só no dia 6 de junho, data limite para
as liberações, foram empenhados R$ 402 milhões em emendas. Coisa
negociada pela ministra Ideli Salvatti, a gestora do balcão. A emissão
da nota de empenho vale como uma promessa de liberação. As prefeituras
beneficiadas com a destinação das verbas podem iniciar as obras e
programar os gastos. E os autores das emendas ficam autorizados a
gargantear os feitos nas suas bases eleitorais. Leia mais no Blog do Josias.