Os professores da rede estadual de ensino de Coaraci, município na
região sul da Bahia, fizeram uma caminhada na manhã desta segunda-feira
(11), em protesto contra a última proposta apresentada pelo governo para
por fim à greve da categoria que já dura 62 dias. Cerca de 80 pessoas,
entre professores e alunos, se reuniram na praça da cidade e seguiram
pelas ruas com faixas e um mini trio.
Nos últimos quatro finais de semana os professores de Coaraci promovem
um brechó na feira livre da cidade, onde são vendidos produtos doados
pela população local. "O objetivo é ajudar as colegas que só possuem
como renda o salário de professor do estado e estão com os vencimentos
cortados", explica Rosânia Araújo, professora estadual de Coaraci.
Na sexta-feira (8) foi proferida a decisão
de Carlos Ayres Britto, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que
negou seguimento ao recurso do Governo da Bahia que pretendia suspender
a liminar concedida pelo Tribunal de Justiça (TJ-BA) determinando o pagamento dos salários dos professores estaduais.
De acordo com informações do Sindicato dos Professores (APLB) até a
manhã desta segunda-feira os salários não tinham sido pagos aos
professores. No sábado (9), o comando de greve iniciou a formulação de
uma contraproposta, a ser votada na assembleia-geral da categoria,
marcada para às 9h de terça-feira (12).
Entre os pontos, já foram definidos os pedidos de revogação de salário
em subsídio e o parcelamento de cerca de 16% (correspondente aos 22,22%
do piso menos os 6,5% já concedidos pelo estado) durante este ano.