Leopoldo Mateus, Época
No auge do escândalo do mensalão, em julho de 2005, nenhum caso
chamou tanta atenção quanto os “dólares na cueca”, que levaram à
renúncia de José Genoino à presidência do Partido dos Trabalhadores. Um
assessor parlamentar do então deputado estadual cearense José Guimarães
(PT), irmão de Genoino, foi detido pela Polícia Federal, no aeroporto de
Congonhas, em São Paulo. Em suas roupas de baixo, havia US$ 100 mil em
espécie. As investigações indicaram na ocasião que o dinheiro era
propina recebida pelo então chefe de gabinete do Banco do Nordeste (BNB)
e ex-dirigente do PT, Kennedy Moura, para acelerar empréstimos no
banco. Passados sete anos, uma auditoria interna do banco e outra da
Controladoria-Geral da União, obtidas por ÉPOCA, revelam um novo esquema
de desvio de dinheiro. Somente a empresa dos cunhados do atual chefe de
gabinete, Robério Gress do Vale, recebeu quase R$ 12 milhões. Sucessor
de Kennedy, Vale foi o quarto maior doador como pessoa física para a
campanha de 2010 do hoje deputado federal José Guimarães. Leia mais no
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