Não demorou muito para a bancada de oposição na Assembleia
Legislativa da Bahia manifestar desagrado pelas declarações do líder
governista Zé Neto (PT) sobre um suposto plano para que a paralisação dos professores estaduais fosse estendida até o dia 2 de julho.
Enquanto o líder da minoria, Paulo Azi (DEM), classificou os argumentos
do petista de “hilários”, Carlos Geilson (PTN) avaliou as afirmações
como frutos de um “surto psicótico”. Os dois aproveitaram para
contra-atacar o colega de parlamento. “O que Zé Neto quer é elevar sua
baixa posição nas pesquisas eleitorais em Feira de Santana, onde ele é
pré-candidato à prefeitura e, diante da greve dos professores e da
intransigência do governo, receia em perder espaço. Quer ganhar a
eleição criando factóides e jogar a responsabilidade de sua inabilidade
em gerenciar crises para a oposição”, replicou Geilson. Azi, por sua
vez, considerou o depoimento de Neto “desespero” por declarações que o
secretário estadual da Fazenda, Alberto Petitinga, deu sobre o Fundo de
Manutenção da Educação Básica (Fundeb). Em audiência pública, o titular
afirmou que no final do exercício de 2011 havia, de fato, saldo contábil
nas contas Fundeb, mas que por problemas de registro não representava
saldo real, o que foi contestado pelos oposicionistas.