A Controladoria-Geral da União anunciou nesta segunda-feira (23) que
abrirá um processo para investigar a empreiteira Delta, que poderá
resultar numa declaração de inidoneidade, que na prática impediria a
empresa de firmar contratos com o governo federal. A abertura do
processo será publicada na edição desta terça (24) do "Diário Oficial da
União", informou a CGU.
Suspeita de envolvimento com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o
Carlinhos Cachoeira, preso em fevereiro pela Polícia Federal, a empresa
teria cometido irregularidades em contratos com o Departamento Nacional
de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Segundo informou o blog de Cristiana Lôbo, a própria presidente Dilma Rousseff determinou a publicação no site do Dnit de todos os contratos do órgão com a Delta.
Na última sexta, o ex-diretor-geral do Dnit Luiz Antonio Pagot
disse que foi demitido porque contrariou interesses da Delta no
departamento. Em nota, a Delta afirmou que as acusações são "falsas" e
"fantasiosas" e que provará na Justiça sua idoneidade. Sobre a suposta
relação com Cachoeira, o presidente da Delta, Fernando Cavendish, disse que foi aberta uma auditoria interna para apurar o envolvimento de um diretor da empresa com o bicheiro.
De acordo com a assessoria da CGU, a modalidade de investigação aberta para apurar as denúncias, chamada Comissão de Processo Administrativo Contra Fornecedor, é a que permite a aplicação da pena administrativa mais grave prevista na legislação. Se a Delta for considerada “inidônea”, ficará impedida de realizar novos contratos com a administração pública por pelo menos cinco anos.
De acordo com a assessoria da CGU, a modalidade de investigação aberta para apurar as denúncias, chamada Comissão de Processo Administrativo Contra Fornecedor, é a que permite a aplicação da pena administrativa mais grave prevista na legislação. Se a Delta for considerada “inidônea”, ficará impedida de realizar novos contratos com a administração pública por pelo menos cinco anos.