No primeiro ano da atual legislatura, 33 parlamentares (5% dos 594
congressistas) não exerceram sequer um dia do mandato para o qual foram
eleitos. Eles se licenciaram logo depois da posse e passaram todo o
restante de 2011 fora do Congresso, no comando de secretarias e
ministérios. Mas, mesmo exercendo funções no Executivo, esses 31
deputados e dois senadores continuaram recebendo do Legislativo. E
apenas esse grupo de secretários e ministros recebeu R$ 10,5 milhões em
salários da Câmara e do Senado no ano passado. Além de um eventual
conflito de interesse e da distorção da vontade do eleitor – que vê seu
candidato não exercer o cargo para o qual foi eleito –, o afastamento
desses parlamentares gerou, ainda, um ônus extra ao Congresso: além de
pagar os R$ 10,5 milhões aos suplentes, a Câmara e o Senado gastou mais
de R$ 12 milhões com os vencimentos dos 33 suplentes convocados para
substituí-los. Leia mais no Congresso em Foco.