*Por Rogério Lima e
Alex de Oliveira.
Antes uma palavra do livro por excelência, condizente com o texto opinativo. Uma reflexão de outrora, mas atualíssimo, pois a Bíblia é instrumento atemporal e nós, o homem cristão, necessitamos priorizá-la ou apô-la como esteio das nossas manifestações. Seja no ataque, seja na defesa.
Diz-nos assim:
“Ouvi a palavra do SENHOR, vós filhos
de Israel, porque o SENHOR tem uma contenda com os habitantes da terra; porque
na terra não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus. Só
permanecem o perjurar, o mentir, o matar, o furtar e o adulterar; fazem
violência, um ato sanguinário segue imediatamente a outro. Meu povo foi
destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o
conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de
mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de
teus filhos. Como eles se multiplicaram, assim pecaram contra mim; eu mudarei a
sua honra em vergonha.” Oséias Capítulo 4.
Inicialmente, faz-se imprescindível ratificar que esta opinião é a favor e defende fervorosamente o que simboliza a bandeira nacional no que se refere ao lema progredir com ordem. Coloca-se integralmente a favor da grafia ORDEM e PROGRESSO, em toda a sua significância. De fato não pode faltar ação reivindicatória, mas, também não pode faltar ordem e decência para que haja sempre o progresso, que é objetivo das recentes lutas. Desvirtuá-lo para uma guerra violenta é bobice, senão ato de insanidade, não apenas de alguns baderneiros, mas de uma minoria que a provoca escondida como autor covarde estimulando e provocando o caos. Para que possa enfim retirar proveito.
Entretanto, cumpre sublinhar sobre o que é esta expressão para uma mandatária maior da nação e para políticos partidaristas de todas as vertentes. De outro ângulo, faz-se necessário também traçar um contraponto acerca do que significa esta ordem e progresso para as vítimas de afrontas e indiferenças perpetradas por poderosos politiqueiros existentes no mesmo País de protestadores e de protestados. O que quer dizer isto para o cidadão comum, para o povo em geral que é afrontado pelas faltas de coisas simples, mas, que garantiria dignidade e a qualidade de vossas vidas? Ou de nossas vidas. Os protestantes manifestam-se e buscam as melhorias, não confundindo isto com a violência que assemelha aos opressores, aos violentos. Aderir ao modus operandi do algoz é agir com semelhança ou rigor igual.
Entrementes, não se pode denominar de ordem e progresso o País que possui e ainda não extirpou os seus mensaleiros. Não somente aos mensaleiros da ação penal 470 findando no Supremo Tribunal Federal. Estes são muitíssimo poucos diante dos mensalheiros que não sentaram ainda nos bancos dos réus e agem impunes e, vergonhosamente, na sala do Rei e dos chefes em várias esferas do poder. Pactuam, conjuntamente, num único objetivo de lesar a consciência do eleitor. Aliam-se políticos muitas vezes adversários para promover a desordem psicológica, emocional e de sofrimento nos inocentes e engabelados diversos de toda hora. Ou seja, engana-se o povo. Muitos destes foram para as ruas e muitos apesar de não terem ido, certamente, que vibraram com os resultados que já alcançaram e que ainda alcançará gente de todas as tribos.
Curiosamente o Brasil ainda acomoda políticos eleitos que pagam uma conta alta aos seus financiadores tão logo assumem seus cargos públicos. Mormente, porque assim contrataram, porque assim aquiesceram e concordaram, sem nenhuma consulta pessoal, popular ou plebiscitária a quem quer que seja. Pais que tem em seu solo filhos carecedores de cuidados e que assistem impotentes os seus escolhidos fatiarem em cotas benesses para os apoiadores e simpatizantes.
Fatia na licitação, na locação de veículos, na aquisição de combustível, na contratação de pessoal sem concurso público e outros esquemas espúrios que nos faltam nominação, lauda e tempo para enumerar. A nação que ainda não varreu de seu território as manchas de nódoa do escândalo da Petrobras, do Banco do Brasil, dos remédios, das ambulâncias, das bicicletas, do sequestro da poupança popular, dos escândalos do PT, mas, igualmente do PSDB e de outros nanicos que só não agiram com a mesma intensidade delituosa por falta de oportunidade. Puro e ilibado era o Partido dos Trabalhadores até galgar posto no poder e incursionar-se em caminhos tortuosos e de lamaçais de corrupção. Antes trezentos picaretas com anel de doutor, hoje muito mais disto com ou sem anel, sobretudo, com alianças condenáveis e lesivas ao cidadão. Desprezando e olvidando a moralidade e a honestidade.
Todavia, não se pode obscurecer e negar que é ato deletério e, igualmente, lesivo praticar e aceitar suborno ou presentes por mais despretensioso que o seja em detrimento de outrem. Fato que se dar quotidianamente entre particulares, mas com fins e vantagens injustas. Ou seja, não se pode aprender com os infratores gigantes a aceitar atos desonestos pequenos entendendo sê-los insignificantes. Pois, não o são. Especialmente, por disseminar a cultura da ladroagem e da falta de vergonha para nossos sucessores/familiares e até amigos da convivência. Nada de não exigir a nota fiscal para angariar um desconto de metade do valor do imposto devido. A Cézar o que é de Cézar. Mesmo porque, Cézar aqui quer dizer poder arrecadador que quando revertido em politicas públicas essenciais quer dizer arrecadação a nós pertencente. Noutras palavras, a junção de atos pequenos e que parecem inocentes é que prejudica a uma maioria, a uma imensidão de pessoas. De modo que se assim agirmos, poderemos perder a idoneidade moral para apontar defeitos e propor consertos. De maneira que não incorramos na mesma desconfiança da presidente da república que mesmo não sendo desonesta não se sente segura para declarar retidão, talvez em virtude dos vínculos convencionados na história que agora se inverteu.
Finalmente, necessitamos da junção força com sabedoria. Para que a eficácia de um lema seja tão efetiva quanto à simbologia que na bandeira encerra. ORDEM E PROGRESSO, com solidez e eficácia para o cidadão brasileiro.
*Rogério Lima escreve nas quartas e nas sextas feiras e Alex de Oliveira narra as tais opiniões no Programa Conexão Verdade da Diamantina FM.
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