3 de junho de 2013

POR ROGÉRIO LIMA: Uma educação salvadora em tempos de vida e de morte


Por Rogério Lima.
03/06/2013.

José, Pedro, Maria, Rato, Pezão, Pezinho, Cheirado, Feijão, Jurema, Peri, são nomes trocados ou emaranhados. Assim escrito intencionalmente para que não tenha os comparados suas imagens agredidas. Mas, faz-se inevitável traçar os exemplos, para que alguns saibam de que é preciso acreditar na recuperação. Vale registrar, contudo, que todos deveriam esta na escola, mas, não estão. Deveriam também todos terem uma atividade de trabalho mas não os tem. Muitos destes com dezessete ou prestes a completar dezoito anos.

Odilon de Oliveira nasceu em 26/02/1949, na Serra do Araripe, município de Exu, Pernambuco. Filho de pais lavradores trabalhou na roça até os 17 anos de idade. Foi alfabetizado na roça já com dezessete anos, estudou à noite, em sua própria casa, após ter dia inteiro de trabalho. Entrou tarde na faculdade de Direito, vindo a se formar aos 29 anos de idade. Foi Procurador Autárquico Federal, Promotor de Justiça, Juiz de Direito. É Juiz Federal desde 1987. Sempre trabalhou em fronteiras como magistrado federal, na área criminal: Mato Grosso, Rondônia e Mato Grosso do Sul. Já condenou centenas de traficantes internacionais. Atualmente, é titular da única vara especializada no processamento dos crimes financeiros e de lavagem de dinheiro de Mato Grosso do Sul, com jurisdição sobre todo o Estado. Seu maior sonho é ver a juventude livre das drogas.

Servimo-nos do exemplo comparativo por necessidade de considerar, que o juiz federal em comento comparativo poderia, mormente, ser mais um dos muitos enumerados e relacionados no início desta opinião. Pois aos dezessete quase dezoito anos o hoje homem de bem, magistrado combatente dos crimes que, realmente, degradam a sociedade era completamente analfabeto. Trabalhou e carpiu na roça, fez a faculdade de direito como o dinheiro emprestado do governo (crédito educativo). Mas, certamente, houve que o ajudasse. Seja a família, seja a sociedade.

É nesta perspectiva comparativa que desejamos com todas as forças, que os vitimados e as autoridades jamais desistam de tentar salvar os relegados à morte. Tem-se que lançar a boia salvadora sim. Boias devem ser arremessadas uma, duas, três, mil vezes. Até que os próprios salvados e recuperados comecem a resgatar outros. 

Num efeito multiplicador da cidadania. Isto não pretende ser instrumento de retórica e nem de conversa bonita. Construímos estas linhas e fala, a partir de um exemplo feliz. Exemplo de quem é tolerante com os desvalidos, mas, intransigente com os gigantes e poderosos. Com grandes que fomentam o mal direta ou indiretamente. Seja por intermédio do alto criminoso ou das omissões de governantes e legisladores que nunca cumprem sua missão constitucional. Como o juiz Odilon de Oliveira, existem muitos no meio de nós, que pode ainda antes que seja muito tarde, vir a ser um importante Advogado, Magistrado, Promotor, Político, Músico, Jogador de futebol, Médico, Dono ou dona de casa, Professor, Jornalista, enfim, um profissional construtor de uma família e de uma sociedade justa e de paz. 

Pensem Nisto e aja.





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