Otto Alencar sobre reajuste dos servidores: "Nem 2,5% ele podia dar"

Parece que o vice-governador e secretário da Infraestrutura, Otto Alencar, estava adivinhando os problemas que o governador teria que enfrentar após a divulgação do reajuste de apenas 2,5% para os servidores estaduais. Em entrevista para o jornal A Tarde, o petista lembra a baixa do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) o qual a Bahia arrecadou R$ 423 milhões em abril do ano passado e R$ 361 milhões em abril deste ano. Ou seja, R$ 62 milhões a menos. “A rigor, nem isso ele podia dar”, afirma.

Ainda de acordo com a publicação, os municípios brasileiros estão a um passo da indigência, já que a principal fonte caiu 90%: 30% em março e quase 40% em abril. A situação é mais crítica para os municípios com menos de 10 mil habitantes que levam fatias menores. Dados mostram que estes receberam R$ 650 mil em fevereiro e R$ 469 mil em março.

Vale lembrar, que o FPM é constituído de Imposto de Renda e Imposto sobre Produtos Industrializados, o IPI, que foi reduzido para enfrentar uma crise econômica. “Quando a restituição do IR começar, vai piorar. O governo deve buscar formas de compensar pelo menos os municípios da seca”, lembra o secretário.

Em Salvador, já é previsto mais problemas. Além da dívida de R$ 564 milhões herdada da gestão de João Henrique, soma-se a cidade cheia de buracos por conta das chuvas entre outros problemas de mobilidade e infraestrutura. A receita do ICMS foi menos neste mês com 8%. Certamente a previsão de que a receita teria um orçamento de R$ 4bi foi superestimada e agora, a má expectativa se confirma.