Paula Janay Alves, A Tarde |
Cerca de 65 toneladas de carne clandestina foram apreendidas neste ano na Bahia. O número supera em mais de 20 toneladas o volume de apreensões em todo o ano passado, que foi 39 toneladas). O avanço já é de 66% em relação ao ano passado. Mais de 50 toneladas foram apreendidas em uma única ação na capital baiana, no mês passado, no bairro de Valéria. A apreensão foi feita pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Adab), em parceria com outros órgãos. A elevada quantidade de carne apreendida reabriu o debate sobre o abate clandestino na Bahia. A Adab e o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados da Bahia (Sincar) estimam que entre 30% e 40% de toda a carne consumida no Estado seja irregular. “O maior consumo clandestino está no interior. Há uma cultura de consumir ‘carne quente’”, diz o presidente do Sincar, Júlio Farias. “Carne quente” é aquela abatida fora de matadouros frigoríficos e transportada sem a devida refrigeração. Por lei, abates em propriedades rurais são proibidos. Os locais de abate devem ser registrados nos órgãos de serviços de inspeção e seguir normas de higiene, refrigeração, proteção ao trabalhador e verificação da saúde dos animais. Leia mais no A Tarde.