9 de abril de 2013

Marcelo Nilo diz ter credenciais para disputar a sucessão de Jaques Wagner


Em movimentação para as eleições estaduais de 2014, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo (PDT), reafirmou na segunda-feira (8/4) que vai perseguir o desejo de se tornar o candidato da base do governo baiano, no próximo ano. Embora os caminhos ainda não estejam abertos, já que o PT deixa claro que não deve abrir mão tão fácil para os aliados, Nilo minimizou em entrevista à rádio CBN as dificuldades e ainda deu sinais de que não teme o desafio ao comparar a possível viabilidade da candidatura ao governo com as vitórias consecutivas à presidência do Legislativo.

“Na realidade, é muito mais difícil chegar aonde eu cheguei. Sair da roça, do interior. Vir estudar na capital, morar em pensionato, estudar em escola pública, ser estagiário da Embasa, de onde saí para a Assembleia. Eu acho realmente que ser presidente da Assembleia por quatro vezes consecutivas, sendo eleito na última com 61 votos, é mais difícil do que ser candidato a governador do estado da Bahia, da base do governo. Ser presidente da Assembleia por quatro vezes não é fácil”, afirmou, enfatizando o fato inédito. Antes dele, somente o ex-deputado Antonio Honorato, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), havia chegado mais perto ao ganhar a presidência da Casa por duas vezes, porém sem conseguir concluir o segundo mandato.

Nilo lembrou das articulações e reforçou a necessidade do apoio do líder maior do Estado para chegar a esse posto. “Procurei o governador Jaques Wagner e ele disse: – Nem lhe digo sim, nem lhe digo não. Crie as condições políticas que eu vou lhe ajudar, e ele realmente me ajudou”, relatou. No entanto, pontuou sua antiga ligação com os deputados da bancada da Minoria na Casa. “Quem me lançou por duas vezes foram os deputados da oposição”, citou.

As estratégias de busca por maior visibilidade para 2014 foram citadas pelo parlamentar, que ressaltou ter certeza de que vai ser o escolhido. “Estou viajando três vezes por semana para o interior, estou conversando com o sertanejo. Estou fazendo isso porque acredito na minha candidatura. Eu só quero ser governador porque eu conheço o sofrimento do povo. Eu estou convencido de que serei o candidato na base do governador”.

Ainda na demonstração de que costura para uma possível candidatura, o deputado apelou para que dessa vez a escolha seja voltada para um nome de origem no interior. “Está na hora de colocarmos alguém que tenha visto a fome, a sede. Eu quero ser governador da Bahia, e estou trabalhando pra isso, mas só serei candidato se tiver apoio do governador”, afirmou. Tribuna da Bahia




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