Com a presença do Conselho Nacional de Justiça na Bahia (CNJ), a área de informática do Tribunal de Justiça deve ser chamada a se explicar sobre o contrato, com dispensa de licitação, com a empresa catarinense SOFTPLAN Planejamentos e Sistemas, segundo especulou-se hoje fortemente no órgão. A empresa catarinense, segundo seu site (http://www.softplan.com.br), possui clientes na área de Tribunais, órgãos ligados a estradas, infra-estrutura e transportes, entre outros. Até aí tudo bem. O problema é que o objeto inicial do contrato para o fornecimento do sistema ao TJ já informava, segundo funcionários da informática, uma cifra milionária de R$ 28 milhões, o que gerou muitos questionamentos. Mas o tumultuado e problemático processo de implantação do mesmo sistema, com frequentes reclamações por parte dos advogados, quase duplicou o seu valor, que teria chegado a cerca de R$ 40 milhões. Pior: segundo funcionários, o TJ não só já possuía um programa que fazia a mesma função como também é signatário do novo sistema que o CNJ está desenvolvendo para fornecimento gratuito aos tribunais de todo o país. Por este motivo, nervosismo e corre-corre teriam sido a tônica na tarde de hoje no Tribunal, quando o ministro Francisco Falcão abriu os trabalhos. A tensão deve aumentar, no entanto, a partir de agora. É só aguardar os novos capítulos.