26 de abril de 2013

EDITORIAL: TOMEM VERGONHA NA CARA, SENHORES POLÍTICOS!


Por Rogério Lima e Alex de Oliveira – Texto e Voz, seguidamente.

Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros.
 Che Guevara

Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça. Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor. Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende. Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim, decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.
Cora Coralina



INICIALMENTE, faz-se necessário destacar que não generalizamos no que dissertaremos a seguir. Toda regra há exceção, ainda que muito poucas. Mesmo porque muitos jornalistas, editores e qualquer um do povo também devem tomar vergonha... Vergonha na cara! Na carranca de São Francisco mesmo! 

Mesmo porque a afirmativa e a recomendação é de que tomes vergonha. Não que ninguém vá te dar vergonha na cara. Vá te envernizar as fuças com mãos próprias. Ou seja, tome se quiser. Como tu és mesmo um desavergonhado será difícil de arrepender-se e não pecares mais, e não errares mais. Insistiremos, porém, na recuperação de pessoas. Reafirmamos isto incansavelmente. 

Será que é aético mandar tomar vergonha na cara quem de fato não tem vergonha? Entendemos que não. Se você é um político ou profissional que é vigilante e cauteloso nos seus atos, não necessita preocupar-se e nem sequer revidar, processar ou pedir direito de resposta. Agora se deves ou se, realmente, faz por onde merecer que o teu oponente o mande envernizar a face, fique quieto engula em seco e trate de mudar de atitude urgentemente. Pois és tu que causa vergonha a ti mesmo e não quem te determina que mude os atos maléficos para atitudes do bem. 

Ou quem sabe seria antiético e contrário a esta, se tu em vez de tomares café, periodicamente, com o povo, como fizeste na campanha eleitoral, deixasse de baquetear, costumeiramente, com o café ou com o uísque do rei, como se comentam nas esquinas, sem que saibamos se verdadeiro ounão a afirmativa. Mas, todos sabem que neste aspecto, onde há fumaça há fogo. Incêndio difícil de apagar. Se por hipótese ocorre isto frequentemente, isto sim é falta de ética, de respeito e de vergonha na cara. 

Esta semana na câmara de Itaberaba, alguns edis ameaçaram instaurar a comissão de ética da casa legislativa, para punir os excessos de quem emita tal recomendação ao prefeito. Após vereador de oposição declarar muito acertadamente que o prefeito da cidade e até políticos de seu próprio partido que não cumpra a sua função, o seu mister democrático, tenha que se respeitar. Concordamos integralmente.Tem que se mandar mesmo, o prefeito ou a qualquer outro. Algo risível no compreender desta opinião, insurgir-se contrário contra quem diz verdade. Mas, esta edição não é específica da câmara.O de olho no legislativo ocorre nas quartas feiras. Esta pretende ser mais ampla. Tenciona ir além daqui. Apesar dos assuntos se misturarem, mas, se concentrarem no mesmo alvo de quem mais falha com a sociedade, que são os políticos. 

Tem que tomar vergonha na cara os políticos que ameaçam retirar poderes do Supremo Tribunal Federal, no que se concerne a Proposta de emenda a constituição de número 33, que quer condicionar efeito vinculante de súmulas do STF ao aval do legislativo. Imaginem os políticos fazendo e aplicando a Lei eles mesmos. Não há necessidade de refleti-la, profundamente, para entender que se trata de uma aberração, de uma ameaça asegurança jurídica e ao estado democrático de direito conquistado a duras penas. Algo, grandiosamente, conquistado por políticos de outrora e de alguns remanescentes dos dias de hoje. Luta de Ulisses Guimarães, Afonso Arinos, Luís Eduardo Magalhães, o próprio Lula, Michel Temer, dentre outros. Este último, o Michel Temer, Presidente do Brasil em exercício e ex-presidente da república, que é um dos mais importantes constitucionalistas do Brasil proferiu o seguinte:

”A proposta é, lamentavelmente, demasiada. A palavra última há de ser sempre a do Poder Judiciário, especialmente em matéria de constitucionalidade e de vinculação de uma determinada decisão para os tribunais inferiores.”

Há que se consignar o seguinte: 

Se o os políticos de fato não tomarem vergonha na cara e não aguçarem os vossos sensos de responsabilidades, inevitavelmente, que colocarão em perda o que se já conquistou. Imaginem as decisões do congresso ou até mesmo de populares sem nenhuma fundamentação jurídica? Evidentemente que as decisões de natureza ERGA OMNES e que vale para todos, numa hora ou noutra estará contra a você. Com todo respeito e vênias possíveis, quem o julgará sua demanda, Tiririca, Romário, Jean Willis, Acelino Popó...? Naturalmente, que as especialidades, reconhecidamente, talentosas do picadeiro, do futebol, do Big Brother e do boxe, não nos atenderão com senso de justiça reta. 

Imaginem os senhores, que os engraçadinhos querem agora ter poderes de juiz. Seria de fato o princípio do fim. Conceder poderes há uma classe sem nenhum saber jurídico constitucional, salvo raras exceções de alguns partidaristas, que tem sua atribuição originária no direito. Diga-se de passagem, que estes não se coadunam, com a ideia ridícula de alguns membros petistas. 

O povo terá que se organizar articuladamente. De modo a impedir que este ato atentatório a CONSTITUIÇÃO FEDERAL, não venha a prosperar. Faz-se necessário posicionar-se contrário e empreender forças e manifestações de impedimento a alienação deste partidarista do PT do Piauí, o deputado Nazareno Fonteles. Guarde este nome. Sobre este tema é bom perguntar a dona Dilma e o seu Lula, acerca do que estes acham, dado que noventa por cento da corte do STF atual é indicação de ambos. Mas, nem por isto o STF deixou de ser confiável. A maioria dos políticos, não. Esta está por um fio. Continuam em declínio acelerado. Os políticos partidários são dignos de tomarem vergonha na cara, com as exceções de praxes, é evidente. Este editorial não espera ser processado por falar a verdade. Quer constatar, pergunte ao povo nas ruas? A voz do povo é a voz da maioria. Mas, há que se refletir e pensar, detidamente, nas consequências, antes de tudo.



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