Estrondosamente e ainda nos dias de hoje, infelizmente atualíssimo, os dizeres do Profeta Isaias grafados no Capítulo 3 da Bíblia.
Diz-nos assim:
Ah, meu pobre povo! Os seus líderes não passam de crianças, brincando de Reis… Eles enganam o meu povo, levando-o pelo caminho da destruição. O SENHOR se levanta, e como um juiz no tribunal ele se levanta para julgar o seu povo!
Esta opinião não é contrária à concessão de títulos de cidadãos itaberabenses para quem quer que seja. Porém, cumpre-nos querer saber sobre quais os critérios adotados pelo poder legislativo para tais concessões das honrarias. Sem dúvida, que sabendo as regras, automaticamente, as reproduziremos para o nosso público rádio ouvinte.
Foram 23 três certificados de honrarias emitidos pelo parlamento. Mas, Itaberaba, é quem deveria receber um grande título, ainda que simbólico e embora tenha a cidade nascida dela mesma. Descabido talvez. Mas, ao menos que se mencionasse um título de resistência em que Itaberaba traz no seu seio. Titulo por resistir firmemente as faltas corriqueiras, a exemplo da falta de saúde e de segurança que no momento lhe assola. Diante disto, este artigo do rádio concede o título para a Pedra que Brilha. O título de liberdade. O de cidade livre. Livre de doenças, do abandono e da violência. Livre dos aproveitadores e que buscam suas conveniências, numa referência a alguns partidaristas que por aqui não aparecem nem em dias de festas.
Curiosamente, a partir de depoimentos de alguns vereadores, chamou-nos atenção que a deferência parecia ser muito mais uma escolha pessoal do vereador e não do parlamento. E não da sociedade representada por eles. Não que os escolhidos não tenham sido merecedores da titulação. Não entremos neste mérito.
Falando, especificamente, sobre o título de cidadão destinado ao presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo, considerando que alguns participantes dos programas de rádio se insurgiram contra a honraria, associando a figura do deputado ao ex-prefeito W. Neves. Embora tenha sido o deputado apoiado por Neves, este se autodestruiu sozinho, quando não conseguiu fazer saúde como carro chefe de sua gestão de prefeito. Apenas para ilustrar a área mais carente do município e que também é campo profissional do ex-gestor/médico. Esta opinião entende que a importância de Nilo para Itaberaba não é nem maior e nem menor do que todos os políticos legisladores estaduais ou federais que obtiveram votos de Itaberaba.
Seja no congresso nacional ou na assembleia, cumpre enumerar que vale mais um Nilo do que muitos que aqui não retornaram ainda e que, com certeza, retornarão dentro em breve outra vez na busca exclusiva de se reelegerem. Mas, o que interessa mesmo é se é o povo, o poder legislativo ou o vereador individualmente quem concede a honraria. Isto sim é que tem que ser corrigido. O título é de cidadão da cidade de Itaberaba pelos relevantes serviços prestados à comunidade e não título de cidadão do vereador beltrano de tal ou do merecedor por sua ótica exclusivista. Nada contra as autoridades receberem títulos. Como promotor, juiz, médico, professor, desocupados, advogado e militar dentre outros. Apenas queremos saber se estes cobram numerário pelos seus serviços prestados. Quantos abriram mão de seus rendimentos mensais ao menos uma vez para ajudar a matar a fome de quem sente fome? A retirar das ruas os que sofrem pela falta de oportunidade negada pelo próprio poder público ocupado em render homenagens a amigos pessoais ou para quem lhes interesse estreitar o relacionamento. INDISCUTIVELMENTE visando a troca.
Uma coisa inusitada e paradoxal ocorreu na solenidade. Uma senhora rendida pelo raquitismo, impregnação do álcool e odor forte pela permanência sem cessar nas ruas, interrompeu o presidente da câmara para gritar coisas desconexas, emitindo nomes de autoridades políticas. Uma vergonha para todos. Não pela condição da senhora, mas, pela indiferença dos políticos ocupados com coisas que não são essenciais. Uma vergonha para nós povo, que escolhe mal nossas lideranças. Lideranças estas que estão preocupadas em potencializar suas imagens fabricadas em laboratórios. Enquanto prospera a marginalização e o sofrimento de alguns do povo.
Inclusive observamos que a algumas horas do início da solenidade o ar condicionado do auditório e do plenário não funcionava mais. Todavia, a festa prosseguiu por pelo menos quase o dia inteiro. A sessão veio a terminar quase as duas da tarde. Os vereadores permaneceram ali heroicamente para fazer bonito sabe lá DEUS para quem. Noutro dia, a reunião da câmara, ainda no turno da noite que é mais fresco, não resistiram cinco minutos a mais de permanência no recinto. Encerraram-se, abruptamente, os trabalhos sem sequer consultar o plenário. Naquela oportunidade o público era o povão. Que não fora consultado para nada.
Enfim, numa alusão a uma frase que se atribui ao velho ACM avô: para os amigos tudo e para os inimigos a lei. A lei do clima e do tempo. Será que o parlamento municipal em vez de ser a casa do povo seria a casa dos políticos e de seus restritos amigos pessoais? É bom verificarmos para que algo se mude. Que se mude de individual para o coletivo.
Opinou desta maneira, hoje, o CONEXÃO SEM MEIAS VERDADES !