30 de março de 2013

Polícia acusa MP do Rio de vazar informações a deputado


Polícia acusa MP do Rio de vazar informações a deputado
Um relatório da Polícia Civil do Rio de Janeiro acusa o Ministério Público do Estado de vazar informações sigilosas de um inquérito para um dos investigados, o líder do PMDB na Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (RJ). O alvo principal da investigação é o dono da refinaria Manguinhos, Ricardo Magro, acusado de sonegação fiscal. O parlamentar é listado nos autos justamente por suspeita de traficar influência em favor do empresário, assim como Edison Lobão Filho (PMDB-MA), que ocupa no Senado a cadeira do pai, Edison Lobão, licenciado para comandar o Ministério de Minas e Energia. De acordo com a polícia, o inquérito começou a desandar em 18 de setembro de 2009, data em que foi requisitado por Cláudio Lopes, então procurador-geral de Justiça do Rio. O volume subiu ao seu gabinete 72h depois, dia em que Eduardo Cunha esteve por lá.O relatório policial anota: “Após o dia 21/09, data em que a íntegra dos presentes autos foi encaminhada ao Ministério Público por requisição do Promotor de Justiça que atuava na investigação, os alvos interceptados passaram a apresentar um comportamento diferente daquele demonstrado nos outros períodos de interceptação: alguns simplesmente pararam de falar”. Antes disso, a polícia afirma que os contatos telefônicos entre os evolvidos eram frequentes, mas depois do encontro passaram a ser escassos e vazios, o que evidenciaria que os acusados sabiam que estavam sob grampos. Devido às suspeitas, o processo corre agora no Supremo Tribunal Federal (STF). O atual procurador-geral de Justiça fluminense, Marfan Vieira, enviou ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, um pedido de investigação sobre o suposto vazamento. Eduardo Cunha e Cláudio Lopes negam o intercâmbio de informações sigilosas. Informações da Folha.
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