O ex-prefeito de Satuba, na região metropolitana de Maceió, Adalberon de Morais começa a ser julgado nesta segunda-feira (18), no Fórum de Justiça do Barro Duro. O réu é apontado como mandante do assassinato do professor Paulo Bandeira, em junho de 2003. Junto com o político, também são acusados do crime dois policiais militares que faziam a segurança de Adalberon, Ananias Oliveira Lima e Geraldo Augusto Santos da Silva,e o ex-chefe de gabinete da prefeitura, Marcelo José dos Santos, acusado de envolvimento. A acusação afirma que o professor foi torturado, acorrentado e queimado vivo dentro do seu próprio carro. A polícia encontrou o veículo dois dias após o desaparecimento de Paulo Bandeira, em uma estrada de barro de uma fazendo do município.
O Ministério Público (MP), em investigação, indica que Bandeira foi morto por denunciar um suposto esquema de desvio de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). O ex-prefeito desviou o dinheiro que deveria ser usado na compra de materiais de construção para uma empresa de sua propriedade. Adalberon de Morais já foi condenado a 62 anos de prisão, pela Justiça Federal, em abril de 2012, por conta do esquema de desvio do Fundef e por outros atos de corrupção (fraudes licitatórias, desvio e apropriação de recursos públicos federais repassados pelo Ministério das Cidades, Saúde e Educação). Um mandato de prisão preventiva expedido há quatro anos mantém o réu detido. O julgamento deve durar três dias e os réus serão julgados por sete jurados. (Bahia Notícias)