O deputado estadual Bruno Reis (PRP) resolveu abrir a caixa de segredos na manhã desta quinta-feira (21). A entrevista concedida aos apresentadores Zé Eduardo e Adelson Carvalho, na Rádio Sociedade da Bahia, revelou informações que os próprios oposicionistas nunca tinham confessado e, dentre outras figuras, colocou em saia justíssima a APLB – sindicato dos professores.
De acordo com informações do parlamentar tem educadores que lecionam na rede municipal de Salvador e recebe no contracheque o valor de R$ 10 mil. “Eles iniciam a carreira com o salário de R$ 3.500 e ao fim tem professores recebendo R$ 10 mil. São os mais bem pagos do país”, revelou.
O coordenador-geral da APLB-Sindicato, professor Rui Oliveira, não confirmou, mas também não negou as informações e explicou o valor do salário dos docentes como “uma conquista da categoria” e justificou as constantes greves como uma forma de garantir outros direitos ainda negados pela prefeitura e governo.
Sobre a rusga existente entre ele e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo (PDT), que já o chamou de “subserviente” do prefeito ACM Neto (DEM), Bruno Reis foi incisivo e garantiu que não existe a possibilidade de entendimento entre os dois. “Não retiro nada do que falei sobre ele. Como ele não retira eu também não retiro”.
Bruno justificou a animosidade existente com o pedetista, e disse ter se visto ‘obrigado’ a votar por falta de candidato adversário. “Eu fui o deputado que tive a coragem de contestar a quarta eleição consecutiva de Marcelo Nilo para presidência da assembleia. Fui contra porque entendo que ali tem outros homens e mulheres capazes e com representatividade. Coloquei a minha posição na bancada de oposição e fui voto vencido. Ao final terminei votando nele porque ele me pediu e porque não tinha em quem votar. Ele era o único candidato”.
Sobre a acirrada disputa para saber os nomes que deverão se lançar candidatos em 2014. No âmbito estadual ele observa os quatro nomes apresentados pelo Partido dos Trabalhadores (PT) – Luiz Caetano, José Sérgio Gabrielli, Walter Pinheiro e Rui Costa -, ele garante que nenhum dos pré-candidatos tem força sentar na cadeira hoje ocupada por Jaques Wagner.
Ele ainda revelou os nomes que vem ganhando notoriedade na oposição baiana para o embate do próximo ano. “Temos no DEM o nome do prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, e do secretário de Urbanismo de Salvador José Carlos Aleluia. No PMDB aparece Geddel Vieira Lima, e no PSDB o ex-prefeito de Mata de São João, João Gualberto”, afirma o parlamentar que excluiu o deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB), por entender que a sigla fechou com Gualberto.
Mesmo explanando os nomes, ele acredita que existe a possibilidade da oposição marchar unida e engrossar a disputa que conta com os nomes de Marcelo Nilo, Otto Alencar e Lidice da Mata correndo por fora da disputa.