Respeitando o que manda o regimento interno do Senado Federal, os parlamentares definem nesta sexta-feira os novos ocupantes da Mesa Diretora da Casa para os próximos dois anos. O presidente do Senado, que também é presidente do Congresso Nacional, deve ser escolhido rigorosamente em 1º de fevereiro, já que os trabalhos legislativos começam no dia seguinte. O favorito para suceder José Sarney (PMDB-AP) é Renan Calheiros (PMDB-AL). Por ser a maior bancada da Casa, o partido tem a prerrogativa de indicar o presidente. No entanto, o nome do senador não é unanimidade. Envolvido em denúncias desde 2007, quando renunciou à presidência da Casa, as polêmicas voltaram à tona quando o nome de Renan foi novamente citado para assumir o comando do Senado.
Apesar de contar com o apoio da maioria dos senadores, Renan deverá enfrentar uma série de acusações dos próprios colegas na sessão desta sexta-feira. O senador Pedro Taques (PDT-MT) já anunciou que vai concorrer com Renan - e deve concentrar boa parte dos votos dos parlamentares insatisfeitos com a indicação do peemedebista. Além do PSB, antigo aliado do PMDB, ter anunciado que não apoiará Renan, fazem parte do bloco de senadores “independentes” até peemedebistas, como Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcelos (PE), além de Eduardo Suplicy (PT-SP), Cristovam Buarque (PDT-DF), Randolfe Rodrigues (Psol-AP) e todos os parlamentares de PSDB. No entanto, o voto para eleger o presidente é secreto, o que abre brecha para todo tipo de resultado. Após a eleição, que também vai decidir os ocupantes dos demais cargos da Mesa e deve ser finalizada na manhã de hoje, os senadores vão formar blocos partidários para escolher os presidentes das comissões do Senado.