6 de fevereiro de 2013

ITABERABA: PERPLEXIDADE E INDAGAÇÃO

Por Rogério Lima. 

"Quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre as pedras: liberdade caça jeito." (Manoel de Barros). 

"A prisão não são as grades e liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e homens livres na prisão. É questão de consciência." (Mahatma Gandhi, preso várias vezes).



Cadê você vereador? O tempo não para, senhores. Aliás, não deve parar. Os problemas e a necessidade das pessoas não tiram férias, não sai de folga e nem, tampouco entra em recesso. O que é isto, vereador? – Que afronta é esta, que desrespeito é este? 

O povo carece de sua diligencia e do seu trabalho, vereador? Esqueça as necessidades do chefe e concentre-se em diminuir e minorar as agruras dos que sofrem. Quando o pai da relatividade, Einstein, diz que se quisermos viver uma vida feliz, devemo-nos deter a uma meta, não às pessoas, (parceiras em coisa indencente)nem às coisas, significa que devemos concentrar nas realizações, materializando e concretizando os sonhos e os projetos para beneficiar uma coletividade, um povo, a uma cidadania. 

Neste início de 2013, a Câmara de vereadores foi dispensada de licitar, o que é legal e tá na lei de licitação, o valor de 7.847,00, ou 2.950 litros de gasolina. Gastos que compreende de 09 de Janeiro a 07 de fevereiro de 2013, apenas. Ou seja, cada vereador gastou mais de 180 litros de gasolina. Terá sido para trabalhar? Dado que tem vereador que nem carro tem. Para trabalhar pelo povo não foi, haja vista que o parlamento encontra-se em recesso. Em recesso e gastou isto tudo como! Ver dispensa de licitação 004/2013. Esta opinião antecipa de logo ao poder legislativo o espaço deste programa para que prestem os pertinentes esclarecimentos. Serão bem aceitos e receptivos. A população e o eleitor agradecem. 

Não é muito difícil de sentir o que o povo enganado e engabelado com as falsas promessas gostaria de agora esboçar, de falar ou até mesmo de gritar. 

Diria assim: 

Quanto tempo que não apareces aqui em casa, na minha rua ou na minha roça hein vereador. Você que dizia que sentia o cheiro do povo e que solucionaria todos os nossos problemas. Que seria o representante do humilde e do sofredor. 

Não tinha como não confiar. Como não receber agrados, atenção, importância, sextas de alimentos, remédios, combustíveis enfim. Pensava-se que sem mandato era assim imaginem se elegêssemos todos. Certamente, teríamos tudo isto multiplicadamente. Não queríamos perder o voto. Ficamos cegos e fomos até egoístas em não reconhecer o trabalho dos oposicionistas que não se coadunava com o engano. Até hoje ainda há quem pregue que só se reelege quem for governo, quem for poder. Ainda que este poder machuque, mal trate, cause dor que dilacere o peito e a alma. Temos sede. Os carros pipas diminuíram 99 por cento de suas idas e vindas à zona rural. Mas, DEUS teve pena e derramou chuva, senhores. Encare isto como um sinal de vossas maldades desmensuradas e sem medida. 

Ocorre, vereador, que não sentimos mais confiança em suas doces e eloquentes palavras e sequer no seu trabalho. Assim como enxergamos uma falta de amor e zelo pelo que faz. Exagera no cuidado dos interesses particulares e seus, no interesse do gestor chefe do executivo e nalguns poucos casos nos empregos de indicados. Sabe vereador, não deveria ser assim. A carta magna e a lei maior, a constituição, diz que a sua atribuição não é esta. É a de cuidar e fazer acontecer as políticas públicas e sociais. De fazer com que existam de fato e de direito, a saúde, a educação, a segurança, a infraestrutura e enfim o retorno da verba em que aplicamos pelas vias de impostos massacrantes, em cascatas e imorais. Falando nisto, os senhores reuniram-se e deram jeito de trabalhar na calada da noite para que efetuassem sessão extraordinária para autorizar mais e mais impostos. 

Chegado a nova câmara, o novo parlamento e vimos logo uma desconcentração geral no interesse parlamentar genuíno. Uma apatia e um desinteresse generalizado em não representar o povo. Faltam-nos saúde de qualidade, médicos e remédios e a câmara sequer tem comissão de saúde formada e trabalhando diligentemente. Da mesma forma as outras comissões do consumidor, da educação, da segurança e etc. Parece, inclusive, que já se foi esboçado uma tentativa de reunião com empresários do gás para se buscar solução sobre o assunto. Ocorre que ninguém do povo e das donas de casa foi convidado para participar da conversa, respeitando assim a paridade de armas e o equilíbrio das discussões. 

Sabe senhores, que ainda não houve quem nos dissuadissem acerca da culpa maior pela instauração do caos na saúde, na segurança, no trânsito e na falta de emprego que não seja da falta de atuação do poder legislativo. Este é responsável concorrente, solidário e talvez de maior parcela de culpa. Pois não exige um melhor gerenciamento do erário e da verba pública pelo poder executivo. Ou seja, um faz um desatino e o outro não o corrige. Um deixa de atuar econsertar e o outro também não o obrigam, e nem sequer o estimula a retificar. Estamos, seriamente, crentes e convictos de que a culpa maior por quem faz a coisa errada ou por quem nada opera é do corpo legislativo. Da casa onde o povo elegeu 15 fiscais, 15 criadores das melhores leis, 15 procuradores que devem exigir a prestação de contas do chefe, ao tempo em que deve cuidar de prestar as suas próprias. 

Não se trata aqui de isentar e nem inocentar o gerente maior que é o prefeito. Este se negligente, omisso e imperito devem os vereadores de fazê-lo obreiro e operoso ou destituí-lo da atribuição de gestor. Botá-lo para fora se for o caso. Deve a casa legislativa acordar e convencer-se de uma vez por todas, que os poderes são independentes e harmônicos entre si, mas, que a quanto ao parlamento há um diferencial: QUE NA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA DEVEM OS ELEITOS PARLAMENTARES AGIR COMO SE FOSSE O PRÓPRIO POVO EM SUA VONTADE SOBERANA. 

Aguardemos as ações concretas de Vossas Excelências. E aos que falharem, resta ao povo que não se esqueçam de não os elegeram ou os escolherem como líderes nunca mais. 


CONEXÃO VERDADE EM OPINIÃO DE OLHO NO LEGISLATIVO DE 06/02/2013.
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