21 de janeiro de 2013

"Não vejo o governador brigar pelas causas da Bahia", critica Geddel Vieira Lima

Em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar, da Rádio Metrópole, o vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima (PMDB), fez críticas ao governo de Jaques Wagner e afirmou que quer ser candidato a governador em 2014. Mário Kertész questionou Geddel como se dará o cenário eleitoral em 2014 com a possibilidade de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e do vice-presidente Michel Temer (PMDB). O vice-presidente da Caixa explicou que as coisas podem não acontecer dessa maneira. "Tem movimentações de Pernambuco, tem internas do PMDB e minha posição nacional é seguir a decisão majoritária do partido, mesmo que não concorde com ela", disse. 

Sobre a Bahia, Geddel fez duras críticas à administração de Jaques Wagner. "O nosso desejo de ver Wagner mudar administrativamente não se efetivou. Ele é cortez, mas não é voltado para a gestão", apontou. Além disso, o administrador da Caixa citou a perda de prestígio da Bahia para Pernambuco com a falta de recursos. "Não vejo o governador brigar pelas causas da Bahia" e completou: "Desejo ser candidato, mas não tenho ideia fixa. Vai depender do jogo nacional, local e da receptividade da população", falou. 

Apoio a ACM Neto 

Sobre as especulações de que perderia o cargo na Caixa por não ter apoiado Nelson Pelegrino para prefeito de Salvador em 2012, Geddel explicou que o cargo, dado por Dilma, não foi condicionado a este apoio. 
"Ela [Dilma] me nomeou pelo apoio que dei a ela em 2010 e não ficou condicionado que teria que apoiar o PT nas últimas eleições. Trabalho de forma séria e a militância política é outra coisa. Evidentemente, não tenho cargo, o cargo é dela. E quando ela achar qualquer coisa, ela vai me exonerar", explicou. 

Cenário nacional 

A eleição para presidente do Senado e da Câmara Federal também entraram na pauta, já que o PMDB tem candidatos para liderar as duas casas. Perguntado sobre as denúncias contra o deputado federal Henrique Alves (PMDB-RN), Geddel disse que "cada um que sofre acusações deve esclarecer o fato". Além disso, questionou o motivo das denúncias só ocorrerem agora, nas vésperas das eleições para a presidência da Câmara. 
"Tem que separar o que é jogo eleitoral do que é verdade. Henrique Alves exerce mandato há 42 anos. Esse tipo de denúncia só surge às vésperas de assumir um cargo importante. E, se não serve para ser presidente, não serve para ser deputado. Se existia algo de errado não surgiu ontem. Por que esse tipo de procedimento não foi feito antes?", questionou.
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário:

Postar um comentário