O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro expediu uma nova liminar, na tarde deste sábado (26), que impede a demolição do prédio do antigo Museu do Índio, situado ao lado do estádio do Maracanã. O prédio é alvo de uma batalha jurídica entre o governo do Rio e cerca de 30 famílias indígenas que ocupam o imóvel desde 2006, e que reivindicam a criação de um centro cultural, a Aldeia Maracanã. O governo quer demolir o prédio, construído em 1862, para construir estacionamentos e um centro comercial para a Copa do Mundo de 2014. A liminar, concedida após um pedido da Defensoria Pública do Rio, estabelece ainda uma multa de R$ 60 milhões para o caso de não cumprimento da decisão, mas ainda é passível de revisão. O governador do Rio, Sérgio Cabral, alega que a obra tinha sido um pedido da Fifa para garantir a mobilidade dos torcedores durante os eventos no estádio – a mesma justificativa foi dada pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), ao se posicionar contra o tombamento da Escola Municipal Friedenreich, situada no Complexo do Maracanã. O Iphan atestou que a preservação do prédio do antigo Museu do Índio é importante não só pelo valor arquitetônico, mas também em função da memória e identidade do povo indígena.
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