A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) divulgou através de nota, nesta segunda-feira (3), que o seu vice-presidente Jurídico, Jefferson Guedes, pediu afastamento do cargo por 15 dias. Ele foi investigado pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro, que desvendou um esquema de venda de pareceres técnicos do governo a empresas privadas. A investigação mostrou que o ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Vieira, preso por suspeita de chefiar o esquema, teria oferecido propina a Guedes para favorecer uma empresa em uma licitação para contratação da instalação e operação de agências de Correios. O comunicado da empresa diz que Guedes decidiu se afastar para que fosse feita uma auditoria dos processos com participação da LM Negócios Inteligentes na estatal. A nota diz também que Guedes "destacou que a LM participou de três concorrências nos Correios e foi inabilitada ou desclassificada em todas, não tendo nenhum contrato firmado com a ECT". Segundo o documento, "mesmo não tendo sido convocado", Guedes reiterou que sempre esteve à disposição da Polícia Federal para esclarecer os fatos".