23 de novembro de 2012

Marcelo Nilo quer o comando do PDT

Em alta articulação para a reeleição ao quarto mandato na presidência da Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado estadual Marcelo Nilo (PDT) estaria ensaiando também conquistar o comando do partido em âmbito estadual, numa tentativa de ampliar a viabilização de sua candidatura ao governo do Estado em 2014, pretensão já declarada e que estaria sendo investida há mais de um ano.

Em clima de alta costura com as cúpulas partidárias ligadas ao Palácio de Ondina e com o apoio de 90% dos pares da Casa para continuar no comando, conforme o próprio já colocou, Nilo teria se despertado também para a possibilidade de agregar ainda mais apoio ao ter o controle da sigla nos próximos anos.

A tese teria sido um dos assuntos dos bastidores políticos ontem, já que o político viajou ao Rio de Janeiro para conversar com o presidente nacional, o ex-ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Entretanto, a questão foi negada pelo pedetista.

“Nem passou pela minha cabeça a presidência do partido. Não conversamos sobre isso, mas sim sobre futuro político, sobre a aliança do PDT com o governo do Estado e a minha candidatura à presidência da Assembleia”, afirmou, enquanto desembarcava ontem no final da tarde, no Aeroporto de Salvador.

Nilo procurou minimizar o assunto ao dizer que “jamais conversaria sobre tal assunto com Lupi, sem passar por Brust (presidente estadual do PDT). Já estou disputando a presidência da Assembleia e tenho o desejo de ser candidato à majoritária em 2014”, disse, pontuando mais uma vez os seus desejos.

Questionado se conciliaria as presidências, ele disse que não teria problemas, mas voltou a reiterar que não era essa a sua pretensão. Entretanto, Nilo mostrou o seu olhar diferente do comando partidário ao citar os espaços no governo, reivindicados por Brust, na última semana. “Acho que espaço no governo é opção do governador. Não é para ir a público”, disse, sendo lembrado pela reportagem que o PDT divulgou a situação.

“Isso apenas vazou depois da reunião da executiva, mas Brust conduziu muito bem”. Procurado pela reportagem, inicialmente, o líder do PDT estadual naturalizou a situação, mas destacou que as instâncias do partido precisariam ser ouvidas.

“A pretensão é natural, assim como é natural à defesa do partido a sua candidatura ao governo, aspiração legítima e também a sua reeleição à presidência da Assembleia. O partido aprovou uma resolução aprovando a sua reeleição”, disse.

Brust frisou ainda que não haveria constrangimentos, ao ressaltar que é um soldado do partido. No entanto, mandou recado ao lembrar que “antiguidade é posto”. A reportagem tentou contato com Lupi, mas não obteve sucesso.
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